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Fortes correntes marítimas forçaram nesta terça-feira as equipes indonésias a expandir a área de busca pelos destroços do avião da AirAsia, já que o mar agitado e o clima ruim espalharam os escombros da aeronave, dificultando o recolhimento de pedaços da fuselagem que estão no fundo do mar.
Apenas 37 corpos foram recuperados desde o acidente com o avião que fazia o voo 8501, em 28 de dezembro. As condições climáticas elevam os temores de que será difícil recuperar os restos mortais dos 125 ocupantes da aeronave.
As operações de buscas serão expandidas por cerca de 185 quilômetros quadrados, informou o chefe de operações de busca e resgate, Henry Bambang Soelistyo.
Dezenas de novas companhias aéreas surgiram na Indonésia nos últimos anos para atender à crescente demanda, mas a ocorrência de uma série de acidentes levantou temores sobre a segurança do setor.
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Especialistas dizem que as razões principais são falta de manutenção, o desrespeito às normas e a falta de pessoal treinado. Além disso, a infraestrutura não acompanhou o crescimento da demanda.
O Ministério de Transportes do país disse que estava adotando medidas após descobrir que o voo 8501 não tinha permissão para voar entre Surabaya, na Indonésia, e Cingapura no dia do acidente. Dois funcionários do Ministério foram suspensos, assim como cinco funcionários do aeroporto de Surabaya, por permitirem a realização do voo. Outros estão sob investigação.
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Todos os voos da AirAsia flights naquela rota foram suspensos por tempo indeterminado.
Ainda não está claro o que causou a queda do Airbus A320 no Mar de Java, 42 minutos após a decolagem, embora a Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica afirme que o mau tempo seja um fator relevante.
Pouco antes de perder contato, o piloto disse aos controladores de tráfego aéreo que estava se aproximando de nuvens ameaçadoras mas não recebeu permissão para subir para uma altitude mais elevada por causa do pesado tráfego aéreo. Nenhum sinal de socorro foi emitido pela aeronave.
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Sonares identificaram no fundo do mar cinco grandes objetos que, acredita-se, são peças da fuselagem. Mas as fortes correntes, o lodo e a lama impedem o acesso aos objetos.
Não foram detectados sinais das caixas pretas, que contém os registros de voz da cabine e dados do voo. As condições climáticas no local impedem o envio de navios que possam localizar esses sinais. As baterias das caixas pretas devem acabar em cerca de 20 dias.
"Acreditamos que as equipes de buscas conseguirão localizá-las em tempo", disse Nurcahyo Utomo, investigador do Comitê Nacional de Segurança nos Transportes da Indonésia.
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As buscas pelos demais 125 corpos é desgastante para os familiares das vítimas, ansiosos por identificar e enterrar seus entes queridos. Oito clérigos islâmicos sobrevoaram o local de helicóptero nesta terça-feira e jogaram arroz no mar, uma tradição local, e rezaram pelos que morreram.
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