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Forças de segurança do Egito entraram na mesquita de Al Fath, na Praça Ramsés, no Cairo, onde se concentram centenas de apoiadores do presidente deposto do Egito Mohammed Mursi - todos membros do partido da Irmandade Islâmica - para tentar convencer os manifestantes a deixarem o local.
No momento, barricadas protegem a entrada do prédio e a tensão é reforçada pelo grande número de veículos armados e de homens da polícia que cercam toda a área no entorno da mesquita. Os manifestantes dizem que não acreditam na promessa do governo de permitir a saída de todos de maneira segura, sem ações de violência, por isso se recusam a deixar o local.
Na sexta-feira (16), outro violento confronto entre a polícia e membros da Irmandade Islâmica deixou um total de 173 pessoas mortas (os últimos dados das autoridades de saúde egípcias) e mil manifestantes foram presos. Esse último confronto ocorreu depois que um protesto organizado pela Irmandade Islâmica tomou novamente as ruas do Cairo em resposta aos atos do governo egípcio, que desocupou os dois acampamentos do grupo na capital - a ação deixou pelo menos 638 mortos e milhares de feridos.
A Irmandade Islâmica pede o reestabelecimento de Mohammed Mursi ao poder - o primeiro presidente do Egito eleito democraticamente - que foi retirado da presidência no mês passado pelo Exército e reposto por um governo interino.
Neste sábado, a polícia tomou conta da mesquita de Al Fath, na Praça Ramsés, no Cairo, onde apoiadores de Mursi entraram para se proteger. Alguns agentes das forças de segurança egípcias chegaram a entrar no prédio na tentativa de convencê-los a sair.
Imagens ao vivo das TVs egípcias mostraram que homens da polícia do lado de fora da mesquita utilizavam uniformes especiais para uso em confronto. Em uma ocasião, os homens das forças de segurança atiraram para o ar para manter manifestantes à distância quando um pequeno grupo de mulheres foi escoltado para sair da mesquita. Outros apoiadores de Mursi também deixaram a mesquita, mas correspondentes dizem que dezenas de manifestantes que estão no salão de entrada e se recusam a sair.
Cerca de mil pessoas entraram na mesquita para se proteger dos confrontos que tomaram conta da Praça Ramsés, na sexta-feira.
O ministro egípcio do interior disse em nota neste sábado que 1.004 "elementos da Irmandade Islâmica" foram presos na sexta, sendo 558 apenas no Cairo.
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