Continua depois da publicidade
Quatro foguetes foram disparados do Líbano em direção ao norte de Israel nesta quinta-feira, num raro ataque que imediatamente elevou as tensões ao longo da fronteira, informaram autoridades locais. Não houve vítimas. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento.
A polícia anunciou inicialmente que dois foguetes caíram numa área aberta perto da cidade fronteiriça de Nahariya. Pouco depois, no entanto, um porta-voz militar disse que um foguete foi interceptado pelo sistema de defesa de mísseis do país, conhecido como "Domo de Ferro", e que outros três projéteis foram disparados, mas nenhum caiu em solo israelense.
O general de brigada Yoav Mordechai, o porta-voz militar, qualificou os disparos como um "incidente isolado".
A agência de notícias estatal do Líbano informou originalmente que três foguetes foram disparados da vila de Housh, perto da cidade de Tiro e a menos de um quilômetro do campo de refugiados palestinos de Rashidiyeh.
O tenente coronel Peter Lerner, outro porta-voz do exército de Israel, assegurou que os disparos ocorreram sem que houvesse provocação e disse que não houve retaliação.
O sul do Líbano, palco de uma guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, é considerado um reduto do grupo militante xiita libanês. Há também grupos palestinos radicais e militantes islamitas que podem provocar incidentes na fronteira.
Fontes militares israelenses acusaram elementos da "jihad global" de estarem por trás do ataque, numa referência a grupos ligados ou inspirados pela rede extremista Al-Qaeda. As fontes falaram em condição de anonimato.
Testemunhas disseram ter ouvido explosões e o barulho de sirenes em Nahariya. Keinan Engel, morador de Nahariya, disse à rádio Israel que ouviu a sirene após uma forte explosão.
A fronteira entre Israel e o Líbano tem estado calma desde a guerra de 2006, que teve duração de um mês, com incidentes esporádicos envolvendo foguetes.
Mas as tensões estão elevadas, principalmente porque o Hezbollah está cada vez mais envolvido na guerra civil na Síria. Israel teme que a Síria transfira armas sofisticadas para o Hezbollah. A crise política no Egito também preocupa as autoridades israelenses.
"Estamos atuando em todas as frente, no norte e no sul, para defender Israel desses ataques", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por meio de nota.
Continua depois da publicidade