Cotidiano

Financiamentos imobiliários já começam a travar mesmo antes das novas regras; entenda

Decisão começará a valer só na próxima semana, mas já está enfrentando problemas

Gabriel Fernandes

Publicado em 25/10/2024 às 21:58

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Por conta da alteração, o consumidor terá de arcar do próprio bolso com 30% do imóvel / Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Mesmo sem a Caixa executar as novas regras que limita o crédito para o financiamento imobiliário, os recursos já estão mais escassos, e os processos que estavam em andamento avançado para concessão do empréstimo ficaram parados.

Em uma reportagem da Folha de São Paulo, um correspondente bancário afirmou ter contratos prontos há 50 dias, mas seguem na fila de espera só aguardando a liberação do recurso, mesmo já estando assinados. 

A medida de restrição passará a ser implementada na próxima sexta-feira (1º) e precisará reduzir o valor financiado e elevar o percentual que o comprador precisa ter para dar de entrada no novo negócio. Agora, a Caixa passará a financiar 70% do imóvel (ao invés de 80%, como era antes), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). 

Pela Tabela Price, só será financiado 50% do valor, contra os 70% anteriores. Inclusive, o comprador pode não ter financiamento ativo na Caixa e terá um limite para o valor do imóvel de até R$ 1,5 milhão.

Por conta da alteração, o consumidor terá de arcar do próprio bolso com 30% do imóvel, no caso do SAC, até a metade do valor no caso da Tabela Price.

Em meio às constantes retiradas dos recursos da poupança pela população reduzirem bastante a participação da poupança na formação das reservas para o empréstimo, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), linha de crédito usada para financiar o setor imobiliário, já chegou a responder por 70% deste tipo de financiamento e agora não chega a 34%.

Assim como a Caixa, vários outros bancos passaram a ser mais seletivos na concessão, de acordo com o coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental. Somado a uma Taxa Básica de Juros (Selic) mais alta e está pronto o cenário para o encarecimento dos empréstimos habitacionais. Com menos dinheiro disponível, quem for emprestar terá de pagar mais caro para comprar sua casa.

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