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O governo já começa a preparar o esquema de segurança para a final da Copa do Mundo, no Maracanã, no dia 13 de julho, e prevê o uso das Forças Armadas, além da Polícia Federal. O Estado apurou que as forças que estão hoje deslocadas em diversas sedes pelo País serão realinhadas para atuar na capital fluminense.
Se a final já seria uma partida de alto risco, os resultados da Copa indicam que não será impossível uma decisão entre duas seleções sul-americanas. Na prática, isso significaria a invasão da cidade por torcedores de ambas as seleções. Entre os cenários está uma possível final entre Brasil e Argentina ou Brasil e Uruguai.
Fontes do governo confirmaram ao Estado que, até a final, o reforço da segurança ocorrerá com outras forças, incluindo a Polícia Militar. A Fifa não quer a militarização da Copa e resistiu à proposta do governo. Mas teve de ceder em relação à final. Nos últimos dias, uma crise foi instalada entre a Fifa e o governo, com a entidade acusando as autoridades de falhar na segurança do evento. Em dois jogos, o Maracanã registrou duas invasões.
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O número final de homens para a decisão da Copa ainda não está definido. Mas o que está certo é de que o reforço virá de todas as regiões do País. No início da noite desta sexta-feira, no Rio, uma reunião entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Forças Armadas e Fifa vai definir o esquema de segurança para o restante da Copa.
Além da proteção de torcedores e da "Família Fifa", o que está levando o governo a usar as Forças Armadas é o fato de que um número cada vez maior de chefes de Estado estão indicando ao Itamaraty e ao Palácio do Planalto que planejam viajar ao Rio de Janeiro para a final.
Além da presidente Dilma Rousseff, a presença dos presidentes da Rússia, China, África do Sul e de vários países sul-americanos começa a ser considerada como praticamente certa.
Antes de a Copa começar, o clima de incerteza em relação aos protestos inibiu a viagem de presidentes ao Brasil. Na abertura, apenas sete deles estavam na tribuna de honra e, ainda assim, de países que nem sequer estavam no Mundial. Mas a constatação de que as manifestações não aconteceram incentivou as chancelarias a confirmar a viagem de seus líderes de governo.