Cotidiano

Filha de Maria José depõe à CEV do Cemitério

A mulher, de 78 anos, foi enterrada na campa onde estava Luiz Antônio dos Reis Neto, marido de Roberta Reis, primeira depoente do caso

Publicado em 21/10/2014 às 11:07

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A Comissão Especial de Vereadores (CEV), criada para investigar as irregularidades do Cemitério de Cubatão, ouviu na tarde de ontem a filha de Maria José dos Santos, Sirlene Maria. Maria José, de 78 anos, foi enterrada na campa onde estava Luiz Antônio dos Reis Neto, marido de Roberta Reis, primeira depoente do caso.

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“Não sabia de nada. Quando a gente vai enterrar alguém, não escolhe o lugar onde o corpo será colocado. Eu fiquei sabendo da história pela imprensa, procurei o cemitério e a placa com o nome da minha mãe tinha sido arrancada”, explicou Sirlene, que há 18 anos mora na cidade, na Vila dos Pescadores.

Há um mês, a CEV ouve depoentes, funcionários do Cemitério e da Administração sobre irregularidades na gestão do Cemitério Municipal. Até ontem, cinco casos de desaparecimento de restos mortais tinham sido denunciados aos vereadores, além de um suposto esquema de corretagem de campas. “Devemos ouvir mais algumas pessoas nesta semana e, na semana que vem, entregamos o relatório da comissão”, explicou o vereador Dinho Heliodoro (SDD), relator da CEV.

CEV ouvirá mais funcionários do cemitério (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Esta semana devem depor mais funcionários do Cemitério; o presidente da comissão interna da Prefeitura, secretário de Saúde Rafael Abreu; possíveis compradores e vendedores de campas; e denunciantes de novos casos. O empresário Raimundo Silva, pedreiro que atuava irregularmente no Cemitério, voltará a ser ouvido pela comissão.

Primeiro caso

No dia 9 de agosto, um dia antes do Dia dos Pais, a viúva Roberta Reis foi ao cemitério para limpar a gaveta do marido, Luiz Antônio dos Reis Neto, no muro 31, na sepultura número 9.479 do Cemitério Municipal de Cubatão. A cena encontrada não foi a esperada. No túmulo do seu marido estava a foto e o nome de outra pessoa: Maria José dos Santos, de 78 anos, falecida no dia 17 de maio deste ano. Luiz morreu há três anos, no dia 5 de abril de 2011, vítima de uma infecção generalizada. O caso foi publicado pelo Diário do Litoral no dia 20 de agosto.

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Após a denúncia de Roberta, a Câmara e a Prefeitura abriram comissões para investigar possíveis irregularidades no Cemitério Municipal. As oitivas do Legislativo, que ouviu desde os coveiros até o secretário municipal responsável pelo local, constataram erros graves de gestão. “A comissão tem certeza que existem graves irregularidades no local”, garante o presidente da CEV, vereador Ivan Hildebrando (PDT).

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