23 de Setembro de 2024 • 00:19
O coordenador de Responsabilidade Social da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Federico Addiechi, defendeu hoje (18) o direito dos brasileiros de protestar, mas condenou atos de violência nas manifestações. Um dos motivos que levaram a protestos em várias capitais brasileiras é, segundo manifestantes, o gasto público excessivo com a Copa do Mundo da Fifa de 2014.
“[O direito de se manifestar] é uma grande coisa e podemos ver isso acontecendo no Brasil. O Brasil é um país democrático. E, mesmo que isso esteja acontecendo durante a Copa das Confederações ou se acontecer durante a Copa do Mundo ou em qualquer momento, as pessoas, em uma democracia, têm o direito [de protestar] e temos que aplaudir essa oportunidade. Isso é algo positivo, é claro, condenando qualquer ato de violência que vimos acontecer”, disse Addiechi.
Segundo a assessoria de imprensa da Fifa, a federação está em contato permanente com as polícias, mas por enquanto não há previsão de aumentar a segurança das delegações ou dos entornos dos estádios.
O secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, também defendeu o direito do povo de se manifestar. Mas lembrou que o restante da população também tem o direito de assistir aos jogos da Copa das Confederações e isso precisa ser garantido. Fernandes ressaltou que a sociedade brasileira repudia os atos de violência ocorridos nas manifestações.
Segundo ele, apesar de os manifestantes serem contrários aos gastos com a organização da Copa do Mundo (e consequentemente da Copa das Confederações), o evento tem apoio da maioria da população brasileira. Fernandes disse que a Copa é uma grande oportunidade de investimentos públicos e privados no país.
O secretário executivo citou, como exemplo, os investimentos em mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa, que chegam a R$ 9 bilhões, dos R$ 28 bilhões que estão sendo investidos pelo Poder Público no evento.
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