19 de Setembro de 2024 • 03:36
Cotidiano
O fenômeno pode causar intoxicação, náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, tonturas e dores de cabeça, associados ao consumo de frutos do mar
O Governo de São Paulo proibiu o comércio de mexilhões, ostras e mariscos / Alina Skazka/Pexels
O Governo Estadual, por meio de um comunicado publicado nesta terça (13), proibiu o comércio, por meio da interdição cautelar, dos estoques de moluscos bivalves disponíveis nos estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo, provenientes de Cananéia, Peruíbe, Itanhaém e Praia Grande, produzidos a partir de 30/07/2024.
As análises das amostras de água do mar coletadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb e pela Defesa Agropecuária detectaram altas concentrações de microalgas potencialmente tóxicas no Litoral de São Paulo, confirmando a chegada do fenômeno Maré Vermelha foi confirmada.
Os Bivalves são chamados de animais filtradores por retirarem da água as partículas de alimento e o oxigênio que circula em suas brânquias. São representados por mexilhões, ostras e mariscos. São aquáticos e podem ser encontrados tanto na água doce quanto na salgada, repartindo-se por todas as zonas do globo e por várias profundidades. Podem viver livres, ou também enterrados na areia ou fixos em alguns substratos.
No geral, a contaminação dos moluscos bivalves está intimamente relacionada à qualidade da água de seu habitat. As substâncias presentes na água contaminada são acumuladas nesses animais em decorrência da filtração e podem causar danos à saúde do consumidor. Por isso, a origem dos moluscos bivalves é fundamental e determinante para garantia da sua inocuidade.
A Maré Vermelha é um fenômeno causado pela proliferação excessiva de algas marinhas, principalmente tóxicas, e apareceu no litoral de Santa Catarina.
O fenômeno pode causar intoxicação, náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, tonturas e dores de cabeça, associados ao consumo de frutos do mar contaminados, além de irritação respiratória no caso das toxinas no ar.
O aumento na população dessas microalgas é causado também pela concentração de nutrientes e matéria orgânica no mar e pode ter relação com a tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul, estado vizinho de Santa Catarina.
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