Cotidiano

Fenômeno Maré-vermelha é confirmado em SC e pode chegar ao Litoral de SP novamente

Resultados das coletas demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação de ácido okadaico, ou seja, a detecção da presença de ficotoxinas

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 13/01/2025 às 08:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Vale lembrar que ainda não há informações da presença desta toxina no Estado de São Paulo / Rodiney Assunção/Pexels

Continua depois da publicidade

Após ser informada de que teriam sido constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina, após o consumo de mexilhões, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) coletou amostras de moluscos bivalves nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Imbituba e Laguna, e as respostas não foram boas.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Os resultados das coletas demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação de ácido okadaico, ou seja, a detecção da presença de ficotoxinas em quantidade suficiente para causar intoxicação em humanos, em caso de consumo.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Entenda o que é o fenômeno Maré Vermelha que pode atingir o litoral de SP

• Fenômeno Maré Vermelha faz cidade do litoral de SP entrar em alerta; entenda

Diante disso, o órgão estadual alertou as pessoas para não consumirem moluscos bivalves retirados dos costões e ilhas dos municípios afetados. De acordo com órgão, as áreas de produções do estado analisadas, não foram afetadas.

Vale lembrar que, em agosto de 2024, o Diário do Litoral publicou uma reportagem em que explica o que é o fenômeno.

Continua depois da publicidade

Toxina

A alga Dinophysis, quando em proliferação, libera a toxina ácido okadaico, que é absorvida pelos moluscos ao filtrarem a água do mar. Apesar de provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem dos moluscos contaminados, a toxina não prejudica a saúde destes animais. Em caso de enjoo, diarreia e vômito, que podem ser sintomas de intoxicação, é importante procurar atendimento médico e notificar a Vigilância Sanitária da sua cidade.

Maré-vermelha

O fenômeno pode ocorrer por conta da alteração na salinidade, oscilação térmica da água e excesso de sais minerais decorrentes do escoamento de esgoto doméstico nas regiões de estuário, alterando as condições abióticas da zona pelágica, consequentemente afetando o comportamento das espécies planctônicas.

Considerando a contaminação dos moluscos no estado de Santa Catarina, as correntes marítimas, o histórico do aparecimento do fenômeno no litoral paulista e as chuvas excessivas que caíram no litoral de São Paulo, a região tem potencial para o surgimento da Maré-vermelha, isto tudo de acordo com os especialistas.

Continua depois da publicidade

Vale lembrar que ainda não há informações da presença desta toxina no Estado de São Paulo, ao menos por enquanto. Entretanto, em agosto de 2024, a Maré Vermelha fez com que o governo de SP proibisse venda de mariscos do litoral de São Paulo.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software