Cotidiano
Resultados das coletas demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação de ácido okadaico, ou seja, a detecção da presença de ficotoxinas
Vale lembrar que ainda não há informações da presença desta toxina no Estado de São Paulo / Rodiney Assunção/Pexels
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Após ser informada de que teriam sido constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina, após o consumo de mexilhões, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) coletou amostras de moluscos bivalves nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Imbituba e Laguna, e as respostas não foram boas.
Os resultados das coletas demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação de ácido okadaico, ou seja, a detecção da presença de ficotoxinas em quantidade suficiente para causar intoxicação em humanos, em caso de consumo.
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Diante disso, o órgão estadual alertou as pessoas para não consumirem moluscos bivalves retirados dos costões e ilhas dos municípios afetados. De acordo com órgão, as áreas de produções do estado analisadas, não foram afetadas.
Vale lembrar que, em agosto de 2024, o Diário do Litoral publicou uma reportagem em que explica o que é o fenômeno.
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A alga Dinophysis, quando em proliferação, libera a toxina ácido okadaico, que é absorvida pelos moluscos ao filtrarem a água do mar. Apesar de provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem dos moluscos contaminados, a toxina não prejudica a saúde destes animais. Em caso de enjoo, diarreia e vômito, que podem ser sintomas de intoxicação, é importante procurar atendimento médico e notificar a Vigilância Sanitária da sua cidade.
O fenômeno pode ocorrer por conta da alteração na salinidade, oscilação térmica da água e excesso de sais minerais decorrentes do escoamento de esgoto doméstico nas regiões de estuário, alterando as condições abióticas da zona pelágica, consequentemente afetando o comportamento das espécies planctônicas.
Considerando a contaminação dos moluscos no estado de Santa Catarina, as correntes marítimas, o histórico do aparecimento do fenômeno no litoral paulista e as chuvas excessivas que caíram no litoral de São Paulo, a região tem potencial para o surgimento da Maré-vermelha, isto tudo de acordo com os especialistas.
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Vale lembrar que ainda não há informações da presença desta toxina no Estado de São Paulo, ao menos por enquanto. Entretanto, em agosto de 2024, a Maré Vermelha fez com que o governo de SP proibisse venda de mariscos do litoral de São Paulo.