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Uma feira internacional de tecnologias em reabilitação e inclusão, a Reatech, na capital paulista, apresentou as novidades tecnológicas voltadas para melhorar a vida de pessoas com deficiências. Durante quatro dias de evento, encerrado hoje (13), cerca de 300 expositores nacionais e estrangeiros puderam exibir seus produtos no Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul da cidade.
Entre o público estimado em 50 mil pessoas, havia aquelas interessadas nos automóveis adaptados para pessoas com deficiência física, como auxiliar administrativo Renan Batista dos Santos, de 31 anos. Ele, que utiliza muletas, locomove-se por São Paulo em ônibus e metrô. Para Renan, o transporte público ainda precisa melhorar muito. "Podia melhorar mais a acessibilidade, que é muito difícil aqui", reclamou. O auxiliar administrativo pretende tirar a habilitação e comprar um veículo adaptado.
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Carlos Cavenaghi, proprietário de uma empresa especializada em adaptação veicular para pessoas com mobilidade reduzida, conta que hoje já existem equipamentos que proporcionam total autonomia para os usuários cadeirantes na hora de dirigir e que também facilitam a vida de familiares que precisam transportar alguém com mobilidade reduzida no banco do passageiro. "Para fazer essa adaptação [direção para cadeirantes], que é uma coisa fabricada no Brasil, hoje um paraplégico pode gastar pouco mais de 1 mil reais, ou até 4 mil reais, se ele escolher equipamentos mais caros".
A cadeirante Maria José de Lima Menezes, dona de casa, aprovou as novidades da feira. "A cada dia que passa, as coisas ficam mais avançadas para a pessoa com deficiência. Tem muita coisa que melhorar a vida do deficiente, como para ajudar a andar nessas nossas ruas esburacadas", disse ela.
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Na feira, a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho também ofereceu 600 vagas exclusivas para pessoas com deficiência. De acordo com Marinalva Cruz, coordenadora do Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência, que atende em todo o estado, nos quatro dias de feira foram recebidos mais de 300 currículos. "Amanhã, vamos entrar em contato com essas pessoas e orientar sobre o processo seletivo", disse ela.
A maior parte dos candidatos, relata Marinalva, eram pessoas com deficiência auditiva. Já entre as vagas oferecidas, a maior parte era voltada para as áreas de produção e de administração. "Tem muita vaga de auxiliar administrativo e auxiliar de escritório. Já em supermercados de todo o estado, há um número muito expressivo de vagas para repositores, operador de loja, operador de caixa e fiscais de loja", disse.
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