Vestimentas brancas, turbantes, o som dos atabaques, alegria, devoção e muita dança marcaram a cerimônia / Divulgação/PMS
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Olhos fechados e mãos unidas em oração demonstravam grande fé. Vestimentas brancas, turbantes, o som dos atabaques, alegria, devoção e muita dança marcaram a cerimônia no Jardim Botânico Chico Mendes (Bom Retiro), na manhã desta quinta-feira (15), que lembrou o sétimo aniversário do plantio de uma baobá (árvore sagrada que significa ancestralidade) em um dos jardins do parque.
O evento, que é comemorativo ao Dia Nacional da Umbanda (15 de novembro), contou com a presença de representantes desta religião e de outras como Gegê, Jurema Nagô e também do movimento inter-religioso. A ação também integra as atividades em comemoração ao mês da Consciência Negra.
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Segundo a história, quando os negros vinham da África como escravos, eles faziam um movimento anti-horário em volta do baobá com o objetivo de deixar protegido ali a sua história, os seus sonhos e seus pertences. Quando retornassem, eles fariam o mesmo movimento no sentido horário e teriam de volta tudo que deixaram quando partiram. "Esta celebração é importante para divulgar a história que envolve esta árvore tão importante para a comunidade negra e para as religiões das matrizes africanas", afirmou o presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Ivo Miguel Evangelista.
Para a yalorisha Deledda D'Osum, a solenidade é uma forma unir as religiões e diminuir o preconceito. "Estamos aqui para celebrar a fé acima de tudo e mostrar para as pessoas que a umbanda, que é uma religião afro-brasileira, é totalmente voltada à natureza, à coletividade e à prática da caridade".
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O evento foi promovido pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, em parceria da Coordenadoria de Promoção e Igualdade Racial, da Secretaria de Desenvolvimento Social.
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