Excesso de caminhões prejudica a logística portuária, os negócios e a qualidade de vida da população / Divulgação/SPA
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Estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Baixada Santista responderam com inovação e criatividade ao desafio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), órgão responsável pela manutenção de padrões de eficiência, segurança e pontualidade do transporte pelas vias hidroviárias do País.
O problema apresentado foi o alto índice de congestionamentos de veículos que se concentram na margem esquerda do Porto de Santos, o maior da América Latina, conectando mais de 600 destinos, em 200 países, e movimentando cargas de 146,7 milhões de toneladas. Uma grande responsabilidade, mas os alunos não se intimidaram e desenvolveram um app para reduzir o tempo perdido nos engarrafamentos. Ainda em fase de testes, o aplicativo está previsto para ser lançado em outubro, no sistema multiplataforma.
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Os desenvolvedores do projeto são os estudantes do curso de Sistemas para Internet Wesley Nascimento, Pedro Luiz Souza e Karoline Teodoro, sob orientação do professor Jorge Chiara. “Vamos desenvolver uma plataforma para conectar o registro dos veículos desde a saída dos pátios até a entrada e saída dos terminais”, explica Nascimento.
Segundo o estudante, o app automatizará em tempo real a identificação e volume do transporte de carga a granel e contêineres. Os dados ficarão armazenados numa central para serem consultados de forma restrita e segura pelos agentes dos terminais, empresas e autoridade portuária. “O monitoramento contínuo do fluxo permite analisar o cenário, prever os gargalos e planejar as medidas mais assertivas para aliviar o trânsito”, afirma.
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O projeto será tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do grupo, que concluirá o curso em 2022. O orientador e professor da disciplina Algoritmos e Estruturas de Dados, Jorge Chiara, está animado com a iniciativa. “O curso promoveu as competências e os alunos aprenderam a buscar soluções para as demandas do mercado de trabalho”, analisa.
Segundo o subchefe da regional da Antaq, Daniel Alves, essa solução tecnológica para o Porto de Santos pode também ser oferecida a outros portos do país que enfrentam o mesmo problema de tráfego intenso: “Itajaí (SC), Paranaguá (PR) e Belém (PA) também poderão compartilhar essa tecnologia”, afirma.
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