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O governo colombiano rejeitou hoje (11), na capital cubana, o adiamento das eleições previstas para o ano que vem, proposto pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, no reinício das conversações de paz, após duas semanas de pausa.
“Iniciemos um debate nacional sobre a urgência e a necessidade de adiar por um ano o calendário eleitoral e colocar o interesse coletivo da paz antes de qualquer circunstância que coloque em perigo o objetivo pelo qual estamos em Havana”, disse aos jornalistas o chefe da delegação das Farc em Havana, Ivan Marquez. “Fora de questão”, respondeu o chefe da delegação governamental, Humberto de la Calle.
Para Marquez, número 2 das Farc, o adiamento das eleições legislativas, previstas para março, e da eleição presidencial, agendada para maio, implicaria a convocação de uma assembleia constituinte, como prevê a Constituição colombiana. “Fora de questão a Constituinte”, rebateu Calle, antes do início do novo ciclo de conversações sobre a futura participação das Farc na vida política, o segundo dos cinco pontos da pauta de negociação.
O governo colombiano e as Farc anunciaram, em 26 de maio, um acordo sobre o desenvolvimento rural, tema central do conflito armado que ocorre há cerca de meio século no país.
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“Em todos os processos de paz, existe um elemento comum: a transformação em movimento político legal dos antigos insurretos em armas. Trata-se sobretudo disso, que se imponham as ideias, e não as armas”, ressaltou Humberto de la Calle.
Segundo as autoridades colombianas, as Farc contam com cerca de 8 mil combatentes.
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As discussões centram-se agora na revisão da Constituição adotada no ano passado, que abre a possibilidade de uma participação política aos guerrilheiros que não sejam associados a crimes contra a humanidade, e admite a suspensão das sentenças para os que foram condenados.