Cotidiano
Durante as conversações, ambos os lados devem ouvir 60 representantes das mais de 5 milhões de pessoas que exigem reparação. A lista de porta-vozes eleitos pela ONU e pela Universidade Nacional será divulgada no dia 6 de agosto
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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) exigiram neste domingo que os membros do grupo mantidos em prisões estatais sejam ouvidos como vítimas durante a rodada de negociações em Havana. O encontro previsto para este mês poderá levar a um acordo sobre indenizações aos afetados do conflito.
Se a delegação do governo "entende que os membros das forças de segurança (...), sejam ativos ou não, devem ser recebidos e ouvidos" em eventos como Havana, "o justo e equilibrado é que os membros da insurgência que agora estão em prisões na Colômbia também sejam ouvidos", disseram os rebeldes em um comunicado enviado aos organizadores de um fórum para as vítimas, que ocorre em Cali, a terceira maior cidade do país.
O evento em Cali, que pretende reunir pelo menos 1.500 vítimas dos rebeldes, grupos paramilitares e do próprio Estado, é liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Universidade Nacional da Colômbia. As conclusões e propostas resultantes deverão ser enviadas para a mesa de negociação em Cuba, iniciada em novembro de 2012.
O governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc discutirão a partir de 11 de agosto um dos pontos altos da agenda de acordo: indenização para as vítimas do conflito armado.
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Durante as conversações, ambos os lados devem ouvir 60 representantes das mais de 5 milhões de pessoas que exigem reparação. A lista de porta-vozes eleitos pela ONU e pela Universidade Nacional será divulgada no dia 6 de agosto.