Cidades poderão desaparecer com o avanço do mar / Raul Ling/Pexels
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Segundo um estudo da Climate Central, uma organização internacional sem fins lucrativos, 100 cidades de 39 países apresentam um alto risco de sumir por conta do avanço no nível do mar. Entre elas, estão as cidades brasileiras do Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre, São Luís do Maranhão e Santos.
Com base em informações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), o problema ocorre porque o nível do mar não para de subir com o aquecimento global, que está expandindo as águas do oceano e provocando o derretimento das calotas polares.
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Nas últimas três décadas, o nível do mar já subiu 9 cm, podendo chegar até a 80 cm em 2100. Logo, a maré poderá invadir terras ocupadas por 10% da população global, que são mais de 800 milhões de pessoas.
Uma análise feita pela Universidade de São Paulo (USP) mostra que o nível do mar no Estado de São Paulo subiu 20 cm nos últimos 73 anos e pode chegar a 36 cm até 2050, caso a emissão de carbono continue.
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A pesquisa ainda aponta que o cenário não poderá ser evitado, pois, mesmo que a emissão de carbono cesse, a atmosfera continuará aquecida.
Segundo alguns especialistas, não adiantaria construir barreiras no mar, diques ou aumentar a faixa de areia, pois a elevação dos oceanos causaria erosão e ressacas fortes que podem destruir estruturas costeiras.
Diante dessa situação, o Brasil já começou a traçar um plano para tentar evitar esse cenário. Por meio de uma parceria entre a NASA e o Rio de Janeiro, o avanço do mar será monitorado para permitir a retirada de moradores de áreas de risco e a construção de um parque para reter a água.
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Já Porto Alegre estabeleceu a meta de zerar as emissões até 2050. Segundo especialistas, os planos ainda são tímidos e precisam de mais ambição e medidas concretas, aliando vontade política e tecnologia para adaptação à elevação do nível do mar.
Segundo o Mapa de Risco à Erosão Costeira do Estado de São Paulo, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) em 2017, foram catalogadas as faixas de areia e os locais que podem ser invadidos pelo fenômeno natural.
Dois fatores podem ser responsáveis por esse fenômeno. O Diário do Litoral já falou sobre o assunto.
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Além destas, a Praia do Gonzaguinha, em São Vicente, também sofre com o avanço do mar e está sumindo gradativamente.