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O volume de serviços prestados às famílias teve, em agosto, a 15ª queda consecutiva no confronto com igual mês do ano anterior segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apresentados nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora tenha peso relativamente pequeno, cerca de 5%, o setor reage à desaceleração na renda das famílias e ao aumento do desemprego.
Em junho de 2014, os serviços prestados às famílias deram início à sequência de taxas negativas, em um momento que a renda das famílias ainda crescia, mesmo que a taxas menores. "As famílias já retraíam seu consumo em relação a esses bens, como alimentação fora de casa. Viajaram menos, consumiram menos. As famílias passaram a ser mais seletivas, mesmo com renda subindo" explicou Roberto Saldanha, pesquisador da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
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A explicação é o comportamento da inflação, que acelerou fortemente a partir de março de 2014. Desde junho do ano passado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses só ficou abaixo do teto da meta (6,5%) por um mês, em dezembro de 2014. Em setembro, fechou em 9,49%. Com isso, os consumidores começaram a selecionar mais os gastos e dispensaram alguns supérfluos, explicou o pesquisador.
Agora, a retração no poder de compra dos brasileiros e a alta no desemprego são ingredientes a mais, que contribuem para intensificar a queda nos serviços prestados às famílias. Em agosto, houve queda de 8,2% no volume ante igual mês do ano passado, o segundo pior resultado da série, iniciada em janeiro de 2012.
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"Há uma queda muito forte, puxada pelo setor de alojamento e alimentação", disse Saldanha. "Tivemos uma retração no poder de compra das famílias, o rendimento médio real encolheu 3,5% em agosto ante agosto do ano passado. A massa de rendimento real caiu 5,4% no período. Esses fatores , além do aumento do desemprego e da própria inflação, estão levando a uma retração nesses serviços", afirmou o pesquisador.
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