Cotidiano

Famílias da Vila Caíque, em Cubatão, pedem moradias

Manifestantes reclamam de abordagem policial durante notificação de remoção de famílias em situação de moradia ilegal. As famílias que se encontram em situação irregular serão encaminhadas para análise individual

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/07/2013 às 21:22

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Moradores da Vila Caíque, em Cubatão, se revoltam contra ação da Administração Municipal e Polícias Civil, Militar e Ambiental para a retirada das moradias do local e organizaram uma manifestação que saiu do bairro e terminou na porta da Prefeitura.

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Os manifestantes pediam uma explicação sobre o que ocorreu e queriam uma solução. “Eles chegaram com uma escavadeira e com intensão de derrubar nossas casas. Nós não temos para onde ir, são mais de 150 famílias que estão na Vila Caíque por falta de opção”, disse a moradora do bairro Tatiane Moraes da Silva. Ela disse ainda que a Prefeitura notificou os moradores e deu um prazo de 10 dias para eles deixarem o local.

“Se não podemos ficar no Caíque queremos, pelo menos, que a Prefeitura nos encaminhe para outro lugar, mas na rua não dá para ficar”, complementou Tatiane.

O coordenador do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Marco Túlio Camargo, que informou que essas ações de remoção de famílias em áreas de invasão serão feitas com frequência para que a Prefeitura tenha mais controle do que acontece na Cidade e possa garantir melhores condições de moradias para todos. “O Ministério Público Federal também nos obriga a agir dessa forma, se não fizermos isso vamos ser multados”, complementa.

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Cerca de 150 famílias que moram no local em situação irregular pedem para ficar onde estão ou sejam levados para outro lugar (Foto: Jonas de Morais/DL)

Camargo disse ainda que serão construídas cerca de 11 mil moradias e as famílias que estão cadastradas no PAC e são da Cidade de Cubatão devem ser encaminhas a esses locais que estão sendo construídos.

“Vamos dar prioridade para as pessoas que são da Cidade, estão cadastradas  e serão encaminhadas aos locais que serão construídos. Não há nada mais gratificante do que proporcionar a quem precisa a chance de uma moradia mais digna”, disse Camargo.

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As famílias que se encontram em situação irregular devem ser atendidas pelas Secretarias de Assistência Social e Habitação para que cada caso seja avaliado individualmente e então, futuramente, preencherem um cadastro para outros projetos habitacionais.

O vereador Fábio Moura (PSDB) esteve no local e agendou uma reunião com os manifestantes para terça-feira, dia 30, na Câmara de Cubatão onde vai solicitar uma audiência pública para discutir soluções para o caso. Só assim os ânimos se acalmaram e as cerca de 200 pessoas deixaram a porta da Prefeitura de Cubatão.

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