Cotidiano
Manifestantes reclamam de abordagem policial durante notificação de remoção de famílias em situação de moradia ilegal. As famílias que se encontram em situação irregular serão encaminhadas para análise individual
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Moradores da Vila Caíque, em Cubatão, se revoltam contra ação da Administração Municipal e Polícias Civil, Militar e Ambiental para a retirada das moradias do local e organizaram uma manifestação que saiu do bairro e terminou na porta da Prefeitura.
Os manifestantes pediam uma explicação sobre o que ocorreu e queriam uma solução. “Eles chegaram com uma escavadeira e com intensão de derrubar nossas casas. Nós não temos para onde ir, são mais de 150 famílias que estão na Vila Caíque por falta de opção”, disse a moradora do bairro Tatiane Moraes da Silva. Ela disse ainda que a Prefeitura notificou os moradores e deu um prazo de 10 dias para eles deixarem o local.
“Se não podemos ficar no Caíque queremos, pelo menos, que a Prefeitura nos encaminhe para outro lugar, mas na rua não dá para ficar”, complementou Tatiane.
O coordenador do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Marco Túlio Camargo, que informou que essas ações de remoção de famílias em áreas de invasão serão feitas com frequência para que a Prefeitura tenha mais controle do que acontece na Cidade e possa garantir melhores condições de moradias para todos. “O Ministério Público Federal também nos obriga a agir dessa forma, se não fizermos isso vamos ser multados”, complementa.
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Camargo disse ainda que serão construídas cerca de 11 mil moradias e as famílias que estão cadastradas no PAC e são da Cidade de Cubatão devem ser encaminhas a esses locais que estão sendo construídos.
“Vamos dar prioridade para as pessoas que são da Cidade, estão cadastradas e serão encaminhadas aos locais que serão construídos. Não há nada mais gratificante do que proporcionar a quem precisa a chance de uma moradia mais digna”, disse Camargo.
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As famílias que se encontram em situação irregular devem ser atendidas pelas Secretarias de Assistência Social e Habitação para que cada caso seja avaliado individualmente e então, futuramente, preencherem um cadastro para outros projetos habitacionais.
O vereador Fábio Moura (PSDB) esteve no local e agendou uma reunião com os manifestantes para terça-feira, dia 30, na Câmara de Cubatão onde vai solicitar uma audiência pública para discutir soluções para o caso. Só assim os ânimos se acalmaram e as cerca de 200 pessoas deixaram a porta da Prefeitura de Cubatão.
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