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A Quarta-feira de Cinzas deste ano foi de muita tristeza para quatro famílias da Região. Na manhã desta quinta-feira (13), as quatro vítimas do acidente com o carro alegórico foram enterradas em cemitérios da Baixada. Cinco pessoas ainda permanecem internadas com quadro estável.
Por volta das 11 horas, no Cemitério da Filosofia, no Saboó, o organizador de eventos Wictor Ferreira foi enterrado em cerimônia fechada para imprensa. “O Carnaval acabou, não temos mais nada a declarar, só quero que respeitem a minha família”, falou o irmão da vítima aos jornalistas presentes assim que chegou ao cemitério.
O velório de Wictor aconteceu na Santa Casa de Santos. Alguns amigos de Wictor esperaram o corpo do empresário chegar ao cemitério e falaram com a Reportagem do DL. “Ele era uma pessoa maravilhosa, divertida, boa demais. Acho que por isso que ele foi tão cedo”, lembrou uma vizinha que preferiu não se identificar. O empresário morava na Vila Fátima, em São Vicente.
O policial militar Givaldo Reis também conhecia Wictor e aguardava o corpo para fazer a última homenagem. “Éramos bem próximos, quase parentes. Ele estava sempre presente nas festas de família. É um choque para todos”, contou. Reis explicou ainda que Wictor sempre trabalhou com eventos e que o Carnaval era a época que ele ganhava um dinheiro a mais.
Mais enterros
Mirela Diniz Garcia, de 19 anos, foi enterrada no cemitério da Areia Branca também na manhã desta quinta. A mãe Solange Aparecida Noronha, de cadeira de rodas, deixou o hospital sem autorização para enterrar a filha. O velório, fechado para a imprensa, ocorreu no Salão de Mármore do Santos Futebol Clube.
Mirela era promotora de eventos e acompanhava o desfile da porta de casa, na madrugada de terça-feira, como fazia sempre, sentada em uma cadeira de alumínio. Foi quando, por volta da 1h20, o carro alegórico, desgovernado, cruzou seu caminho e bateu em uma rede de alta tensão. No momento do acidente, Mirela tirou a filha de três anos de perto, quando perdeu o equilíbrio e encostou no carro alegórico, sofrendo a descarga.
O ajudante de pedreiro Leandro Monteiro completaria 27 anos ontem. Seu último sonho era comemorar o aniversário com a família. Os R$ 40,00 que receberia para empurrar o carro alegórico seriam utilizados para a festa. Leandro, que era casado, foi enterrado no Cemitério Municipal de São Vicente e deixou quatro filhos de 8, 7 e 4 anos e outro de 7 meses.
Também no Cemitério de São Vicente, familiares deram adeus ao ajudante de serviços gerais, Ludenildo da Silva Militão, de 25 anos. Ludenildo, que era amigo de infância de Leandro Monteiro, tinha dois filhos e havia acabado de se separar, por isso morava com a mãe no México 70, em São Vicente.
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