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Nas cerca de duas horas de voo de Foz do Iguaçu, no Paraná, a São Paulo, o médico Roger Abdelmassih contou aos policiais que seu plano era deixar o Paraguai rumo ao Líbano ou à Itália, mas que não foi possível concretizar a segunda parte da fuga por causa da dificuldade em conseguir documentos para ingressar em um desses países, além da falta de recursos.
Abdelmassih foi preso em Assunção, capital do Paraguai, na terça-feira, 19, pela polícia paraguaia em ação conjunta com a Polícia Federal brasileira. O ex-médico foi transferido na manhã de ontem para São Paulo. Policiais que acompanharam o voo contaram ao Estado que Abdelmassih disse que optou por iniciar a fuga pelo Paraguai por ser um país mais próximo.
No voo, Abdelmassih se mostrou tranquilo. Além de contar sobre os seus planos de fuga, conversou com os policiais sobre futebol suas experiências na capital paraguaia e sobre sua vida. Por várias vezes, quis saber dos investigadores como conseguiram encontrá-lo e se o tinham visto em determinados locais. O ex-médico somente demonstrou emoção quando falou da mulher e dos dois filhos pequenos. Ele viajou algemado, por questões de segurança.
Abdelmassih tentou despistar os policiais enquanto esteve foragido. Familiares colaboraram ao repassar informações falsas de que ele estaria no Líbano. O Estado apurou que ele teria até comprado passagens em seu nome e no da mulher para aquele país, com o intuito de confundir os policiais.
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