Escola Municipal Governador Orestes Quercia foi inaugurada em janeiro; Prefeitura diz que unidade atende alunos em continuidade de estudo oriundos da EM Vila Mirim / Divulgação/PMPG
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Desde o início do ano letivo, a filha da vigilante Geane Oliveira Costa, moradora da Vila Mirim, em Praia Grande, está sem estudar. Apesar de ter uma escola do município recém inaugurada próximo à sua residência, a adolescente de 13 anos foi encaminhada para um colégio estadual localizado em um bairro distante.
“Moro na Vila Mirim e ela foi encaminhada para uma escola na Vila Tupi. Chegou a ir, mas foi assaltada no caminho e fiquei com medo. É muito longe. Na rua de casa há a Orestes Quercia (escola municipal) e eles dizem que não tem vagas para o sexto ano”, disse Geane.
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A vigilante relatou que foi até a Secretaria Municipal de Educação tentar uma transferência para a EM Orestes Quercia, mas foi informada que não havia vaga e a encaminharam para outra escola, no mesmo bairro, porém distante e com problemas de indisciplina. “A própria diretora disse que não tem segurança naquela escola. Como vou deixar a minha filha lá? Ela também tem dificuldades no aprendizado. É uma aluna de inclusão”.
Geane contou que EM Orestes Quercia possui 18 salas de aula, mas nem a metade é utilizada. “Inauguraram a escola em janeiro. A escola tem 18 salas de aula, mas apenas utilizam apenas seis. Não é justo a minha filha ser mandada para longe com uma escola nova e perto de casa. Acredito que tenha outras mães na mesma situação”.
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A Secretaria de Educação disse que a unidade atende os alunos em continuidade de estudos oriundos da EM. Vila Mirim e que atualmente a unidade atende 12 turmas e na projeção para os próximos anos estará atendendo na sua capacidade total.
Secretaria de Educação diz que não pode atender solicitação
Procurada, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Central de Vagas da Secretaria Municipal de Educação verificou que a filha de Geane, em 2015, era aluna da EM. José Padim Mouta e, em continuidade de estudos, seguiu para EE. Vila Tupi onde consta com matrícula ativa no 6º ano E/2016.
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“Infelizmente, no momento, não há possibilidade de atendimento da solicitação de transferência por deslocamento, haja vista que mudou de endereço, no entanto, sugerimos que procure também a Diretoria Regional de Ensino para pleitear uma vaga na EE. Profº Julio Pardo Couto localizada no mesmo bairro”, informou a secretaria na nota.
A pasta informou ainda que o atendimento do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental é compartilhado com a rede estadual, e quando não há vaga na escola municipal solicitada, o Estado é obrigado a atender a criança numa unidade estadual, pois o estudante não pode ficar fora da escola.