Cotidiano

Passageiros sofrem com falta de troco nos ônibus de Santos

Motorista da linha 193 chegou a mandar passageira descer do veículo porque não tinha troco para nota de R$20,00

Publicado em 03/07/2015 às 10:35

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O aviso no interior dos ônibus não deixa dúvidas: troco máximo obrigatório de R$ 20,00. Mas, na prática, usuários do sistema de transporte coletivo de Santos têm encontrado problemas com a falta de troco. E estão passando por constrangimento, conforme relatos de dois casos ocorridos nos últimos 20 dias.

O caso recente mais expressivo teve como vítima a advogada Thaís Mauá, de 28 anos. Grávida de seis meses, ela relata ter passado por um constrangimento ao subir no ônibus da Linha 193, prefixo 4229, por volta das 6h45 do último domingo.

O ônibus havia parado no ponto da Avenida Pedro Lessa, nas proximidades da Rua Lacerda Franco (Aparecida), quando Thaís subiu apenas com uma cédula de R$ 20,00. Logo, ela ouviu do motorista, que também atua como cobrador: “Não tenho troco”. A advogada, então, pediu para passar que depois ela receberia a quantia restante.

A surpresa, conta ela, foi a reação do motorista. Ele pediu para a passageira descer do coletivo. “Bati o pé que não iria descer, lembrei a ele que o aviso sobre o troco me dava razão”. O motorista retrucou, dizendo que se ela insistisse, ele teria que parar o ônibus. “Tinha umas cinco pessoas no ônibus. As pessoas ficaram olhando pra mim.

Como Thaís não se intimidou com a posição do motorista, ele se viu obrigado a descer do coletivo, ir até uma padaria e buscar o troco.

Grávida de seis meses, advogada relata constrangimento (Foto: Matheus Tagé/DL)

“Achei absurda a proposta para eu descer do ônibus. Eu estou grávida”, diz a advogada, que relatou o caso ocorrido no último domingo à Ouvidoria Municipal.

Caso parecido

Outro passageiro ouvido pela Reportagem conta que passou pelo mesmo problema de Thaís. Há cerca de 20 dias, ele subiu em um ônibus da Linha 80, na Rua Almeida de Morais, Vila Matias, por volta das 14h30.

De cara, o motorista avisou que estava sem troco. “Você está sem troco, e eu tenho um compromisso agora. Não vou descer”, conta o usuário, que pediu para não ter o nome revelado. “É obrigação da empresa fornecer troco para os motoristas”.

O caso dele até que foi resolvido rapidamente. Um passageiro, vendo a situação, se propôs a trocar a nota, dando duas cédulas de R$ 5,00 e uma de R$ 10,00. “As pessoas olhavam para mim como se eu fosse culpado”.

Seis queixas em 2015

Procurada pela Reportagem, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que 15 usuários do transporte coletivo municipal registraram queixas sobre falta de troco por meio do Serviço de Atendimento da Companhia (SAC) no ano passado, e seis entre janeiro e junho deste ano.

No caso de Thaís, a Assessoria de Imprensa respondeu que como a Reportagem informou os dados necessários (data, horário, linha e prefixo) será possível identificar o motorista que estava na condução do veículo e apurar a ocorrência junto à permissionária.

A CET reforça que estimula o uso do Cartão Transporte, que é emitido gratuitamente nas lojas da Viação Piracicabana ou pode ser solicitado pelo portal CT (www.santosonibus.com.br) e entregue em casa, também sem custos. Não há valor mínimo para a recarga e o usuário pode inserir os créditos em mais de 280 pontos de vendas ou por meio da internet, pagando com cartão de crédito.

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