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Como de costume, ela acordou cedo ontem. Desta vez o trabalho não foi a causa de ter se levantado fora do horário, mas acordou mais cedo porque queria passar por uma consulta na Policlínica do Morro da Penha. O esforço foi em vão: chegou lá e não encontrou médico.
A moradora de Santos, que tem 69 anos e pediu para não ter o nome revelado, se indignou ao saber que somente um enfermeiro atendia a toda demanda na unidade. “E enfermeiro tem condições de ver se eu estou bem ou não?” A paciente espera ter melhor sorte hoje. “O que disseram lá na policlínica é que o médico volta amanhã (hoje) das férias”.
A indignação da munícipe é parte de um problema difícil de sanar na rede pública municipal. Santos tem um deficit de 170 médicos. A demanda maior é por pediatras.
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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pediatras aprovados em concurso ainda vigente continuam a ser chamados, porém nem todos se habilitam, como ocorre em outras especialidades médica.
Ainda de acordo com a Prefeitura, no mês passado a Administração Municipal abriu seleção via Lei Municipal 650/90, que prevê contratação emergencial, para médicos generalistas, ginecologistas/obstetras e psiquiatras.
Essas contratações reforçarão o quadro atual da rede, que possui 560 médicos e mais 25 generalistas provenientes do Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
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