Cotidiano

Falta atendimento na USF do Morro do Índio, na Vila Esperança, em Cubatão

Médica pediu demissão da Unidade de Saúde da Família (USF) e não foi substituída

Tatyane Casemiro

Publicado em 09/08/2013 às 20:44

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Os moradores da Vila Esperança, em Cubatão, estão preocupados com a falta de médicos na Unidade de Saúde da Família (USF) do Morro do Índio. O caso chegou ao conhecimento do vereador Severino Tarcício da Silva, o Doda (PSB).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Segundo relatos, o local está sem clínico geral há algum tempo e até agora não foi contratado nenhum outro. Além disso, os moradores afirmam que só uma enfermeira atende no local, mas só pode realizar trabalhos de sua especialidade e encaminhar os pacientes para outros postos de Saúde mais próximos.

Moradores da Vila Esperança, em Cubatão, reclamam e acusam a Prefeitura de abandonar o bairro (Foto: Jonas de Morais/DL)

[----------------------------------------QUEBRA_CHAMADA_BANCA----------------------------------------]

Continua depois da publicidade

Outra reclamação é quanto ao fato de, ao chegarem ao local encaminhado, há moradores que não são atendidos por não pertencerem ao bairro onde a USF está localizada. “Quantas vezes fui para o posto, mas não consegui atendimento, pois não tem médico há mais de duas semanas. Daqui, eles encaminham a gente para outras USFs, mas quando chegamos lá, eles mandam de volta porque não somos de lá”, explica a dona de casa Maria Heleni Souza.

A auxiliar de limpeza Maria Aparecida do Carmo precisa de consulta, e foi encaminhada para outro local. Ela nem chegou a ser atendida, e  a mandaram de volta. “Esse vai e vem é que nos deixa nervosos, alguém tem que atender, não é possível que nenhuma unidade de Saúde não possa atender”.

Muitos não escondem a revolta com a falta de assistência médica. “Do jeito que está, não pode ficar; nós estamos esquecidos pela Administração Municipal”, desabafou a vendedora Glícia Arruda Benício.

Continua depois da publicidade

Enquanto a Reportagem esteve no local, uma criança com convulsão chegou a USF para ser atendida e foi socorrida pela equipe de Enfermagem, que prestou os primeiros socorros enquanto aguardavam a chegada da ambulância do Samu.

A criança, de aproximadamente dois anos, estava na creche quando passou mal. Segundo o presidente da Creche Criança Feliz, José Afonso, quando o menino passou mal, o primeiro lugar que ele pensou em procurar foi a USF, mas ficou preocupado com a falta do profissional. “Ainda bem que os primeiros socorros foram feitos, e que a ambulância chegou logo, pois há alguns dias que esse posto não tem nenhum médico aqui”, observou,  em tom preocupado.

O vereador Doda entrará com uma representação no Ministério Público Federal para que haja uma solução para esse caso. “É um desrespeito à população, a Vila Esperança é um dos maiores bairros de Cubatão, com quase 30 mil habitantes e precisa de assistência médica”, explicou.

Administração

Continua depois da publicidade

Procurada pelo Diário do Litoral, a Prefeitura de Cubatão respondeu que as Unidades de Saúde da Família visam o atendimento ambulatorial comum e tratamentos rotineiros, mas ambos devem ser agendados. Nos casos de emergência, o paciente deve ser encaminhado ao Pronto Socorro.

Ainda de acordo com a Administração, as unidades possuem ginecologista, pediatra e generalista, sendo que o atendimento do último é diário e os demais em dias específicos da semana para agendamento. Para marcar outros tipos de especialistas, o paciente é encaminhado para o Centro de Especialidades.

Falta de médico

A nota encaminhada pela Prefeitura informa também que no dia 23 do mês passado, a médica responsável pela unidade pediu demissão e informou sua decisão ao Instituto de Saúde e Meio Ambiente (Isama), responsável pela gerência das unidades de Saúde, que repassou a informação à Administração. De  acordo com o Isama, a busca por médicos para preencher a vaga é constante, mas há dificuldade de contratação.

Continua depois da publicidade

Segundo a Prefeitura, há um esforço para remanejar profissionais de outros locais e suprir esse atendimento, mas, no entanto, isso prejudicaria o atendimento dos outros postos de Saúde.

Quanto ao atendimento ginecológico, o posto conta com uma enfermeira obstétrica que pode fazer o atendimento básico e encaminhar para outra unidade que tem a obrigação de receber esse paciente, embora o atendimento deva ser centralizado no próprio bairro.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software