Cotidiano

Falcões treinados caçam outras aves e evitam acidentes em aeroporto de SP

Equipe especial atua no maior aeroporto da América do Sul e tem evitado o 'bird strike'

Ana Clara Durazzo

Publicado em 11/04/2025 às 12:53

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As equipes cercaram as aves e as colocaram em gaiolas. Após isso, os animais foram colocados em uma caminhonete da concessionária / Reprodução/Aviação Guarulhos

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Na tarde da última quinta-feira (10), equipes da GRU Airport, responsáveis pela gestão do aeroporto de Guarulhos, foram  vistas realizando um trabalho de captura de aves próximas da pista de pousos e decolagens.

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A ação tem como objetivo evitar colisões entre aviões e pássaros, ocorrência conhecida como 'bird strike'.

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Até o dia 6 de abril deste ano, foram registrados 64 casos de bird strike no Brasil.

As equipes cercaram as aves e as colocaram em gaiolas. Após isso, os animais foram colocados em uma caminhonete da concessionária.

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A GRU Airport afirmou possuir um Plano de Gerenciamento de Risco da Fauna, alinhado com as diretrizes da Agencia Nacional de Aviação Civil, conduzido pela Coordenação de Meio Ambiente.

Esse planejamento inclui ações como manejo de ovos, ninhos e animais, controle de vegetação, remoção de poleiros e abrigos, além de técnicas de afugentamento.

Falcões

Uma das medidas usadas nos aeroportos é a falcoaria. Essa prática consiste em treinar falcões para espantar ou apanhar pássaros que estejam no sítio aeroportuário.

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Para evitar que as aves capturadas sejam machucadas ou mortas, é colocado uma espécie de miçanga nas garras das aves. Esses objetos dificultam a perfuração dos animais capturados.
As aves capturadas são levadas para uma área de soltura, a cerca de 120 quilômetros do aeroporto.

Aumento nos casos

De 2023 para 2024, o número de casos de bird strike no Brasil teve aumento de 24,5%. De 746 casos, foram 929 no ano passado.

Nesses dois anos, foram apenas dois casos com vítimas, que tiveram ferimentos leves.

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Segundo números do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o estado de São Paulo lidera o ranking de 2024, com 148 casos, seguido pelo Rio de Janeiro com 87 e a Bahia com 69.

 

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