Um dos segredos para manter a tradição é que os doces de banana são fabricados de maneira artesanal / Nair Bueno/DL
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Itanhaém não oferece somente belezas naturais e históricas, o Município também possui lugares que atraem diversos turistas de todo o Brasil. Um desses locais é a Bananada Itanhaém. Fundada em 1930, a tradicional fábrica de doces de banana já se tornou um dos pontos turísticos mais procurados no centro da Cidade.
A primeira proprietária e fundadora foi Luiza Thereza Forssell, avó do ex-prefeito João Carlos Forssell, que ficou com a loja por cerca de 15 anos. Na época, havia abundância de banana e os bananicultores traziam as bananas dos sítios de barco. Ela fazia os doces numa panela, à mão e à lenha, pois não havia energia elétrica.
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A fábrica foi vendida para Ivahy Saraiva que também era o proprietário da sorveteria no mesmo prédio.
No ano de 1969, a fábrica de doce de banana e a loja foram vendidas para Risto Dobrevski, sendo mantida pela família há 50 anos. Risto e o filho mais velho vieram para o Brasil em 1967, da antiga Iugoslávia e desceram no Porto de Santos. Depois chegaram a mulher e dois filhos.
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A filha Svetlana Dobrevska Cvetanovska, advogada, de 62 anos, é quem administra. Conta que nas décadas de 70 e 80, a fábrica de doces de banana viveu o melhor período, com a vinda de turistas de alto padrão. As bananas nanicas eram compradas de bananicultores locais.
"Nos anos 80, meu pai comprou um sítio em Peruíbe, onde cultivava os pés de bananas e chegou a vender até para o Ceasa, em São Paulo."
Um dos segredos para manter a tradição, segundo Svetlana, é que os doces de banana são fabricados de maneira artesanal, desde o preparo até a finalização e a embalagem, e não têm conservantes.
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"Hoje fazemos os doces da mesma forma artesanal que antes, e também embalamos. Os produtos são preparados semanalmente, e isso faz com que eles estejam sempre frescos e com qualidade".
Variedades
É impossível chegar na Bananada e não escolher um doce de banana. São diversos tipos: os sem açúcar - em barra, em bala, em tablete pequeno; a rosquinha de banana assada; e a banana seca ou passa preparada em forno à lenha.
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E as com açúcar - a bananada tradicional em tablete grande; a bananada cristalizada em barra, em tiras ou em forma de balas; e a bananada em tiras com chocolate. Além da bananada cascão, produzida com pedaços da banana seca, e a geleia de banana, feita com bananas mais maduras e cozidas no vapor.
Uma das novidades é o bombom de banana seca e a bananada cascão sem açúcar. A loja vende ainda bananas chips salgada e doce com canela.
Svetlana lembra que nos primeiros meses da pandemia, o movimento caiu bastante e, ao reabrir, alguns doces estragaram. "Conseguimos resistir a esse período, pois o prédio é da família e não pagamos aluguel. Os clientes antigos faziam as encomendas e entregávamos em domicílio", completa.
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Público fiel
A Bananada Itanhaém possui vários clientes antigos e fieis, sendo a maioria de outras cidades. "Há uma turma de médicos de Santos que viaja aos finais de semana de moto. Eles sempre fazem uma parada aqui".
Uma das clientes é a aposentada Maria José Mota, de São Paulo. "Venho comprar os doces de banana que são bem feitos e prefiro os sem açúcar. Minha filha é guia turística e foi ela quem descobriu a loja".
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Claudio Forssell, bisneto da fundadora Luiza e que mora em Itatiba (SP), é mais um freguês. "Sou suspeito para falar dos doces de banana. Ao visitar a cidade, venho sempre aqui. A loja traz boas recordações da minha infância".
A loja fica na rua Cesário Bastos nº 1, no Centro. Funciona de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30, aos sábados, das 8h30 às 21h e, aos domingos, das 11h às 20h.