Cotidiano

Fábrica da Honda em SP vai gerar 2 mil empregos

O Brasil será o segundo país a fabricar o utilitário compacto, depois do Japão, informa o presidente da Honda América do Sul, Masahiro Takedagawa

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 08/08/2013 às 00:36

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A nova fábrica que a japonesa Honda vai inaugurar em 2015 na cidade de Itirapina, interior de São Paulo, com investimentos de R$ 1 bilhão, terá capacidade para 120 mil veículos ao ano - a mesma da unidade de Sumaré (SP) - e vai gerar 2 mil empregos diretos.

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Será dedicada a veículos compactos e pode começar com um utilitário-esportivo de pequeno porte, que será feito na mesma plataforma do monovolume Fit. Protótipo do modelo, chamado de Urban SUV, foi mostrado em janeiro no Salão do Automóvel de Detroit (EUA).

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O Brasil será o segundo país a fabricar o utilitário compacto, depois do Japão, informa o presidente da Honda América do Sul, Masahiro Takedagawa. Por enquanto, a marca não pretende atuar no segmento de modelos mais populares. "Esse será um novo desafio para o futuro." Além do novo SUV, a Honda iniciará, num prazo de até 18 meses, a produção das novas versões do Fit e do City, também classificados como compactos. "Vamos dividir a produção dos três modelos entre as duas fábricas", diz o executivo.

A escolha de Itirapina para receber a nova fábrica, conforme antecipou o Estado na terça-feira, 06, se deve a questões logísticas, como fácil acesso por rodovias e proximidade do parque atual de fornecedores (a cidade fica a 100 km de Sumaré e a 200 km da capital paulista).

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A Honda adquiriu terreno de 5,8 milhões de m² e terá como incentivos isenção temporária de taxas como o IPTU. A escolha da cidade e da área foram assessoradas pela Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, que trabalhou no projeto por um ano. "O anúncio da nova instalação significa a perspectiva de avanço tecnológico, agregação de valor e geração de milhares de empregos", disse, em nota, o governador Geraldo Alckmin.

Reservas.

Todo o investimento na nova fábrica virá de recursos próprios gerados no País. Não há aportes da matriz e nem empréstimos bancários, diz Takedagawa. "São reservas de caixa acumuladas nos últimos 40 anos", explica ele. O grupo chegou ao Brasil em 1971, inicialmente com operação de motocicletas, e em 1997 inaugurou a fábrica de carros para produzir o sedã Civic.

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A fábrica de Sumaré, com capacidade para 120 mil carros ao ano, opera em dois turnos e horas extras diárias. A unidade vai inaugurar em novembro um centro de desenvolvimento que consumiu R$ 100 milhões e que receberá 500 engenheiros. "Queremos desenvolver novos produtos para o mercado brasileiro", diz Takedagawa.

O novo compacto é um veículo global, criado na matriz, mas passará por adaptações nesse centro. A Honda também trabalha para ampliar o índice de nacionalização das peças dos carros dos atuais 60% para 80%. De janeiro a julho, as vendas da Honda cresceram 8,6% em comparação com igual período de 2012, com 77,3 mil unidades. O mercado de automóveis e comerciais leves cresceu 2,6% (2,03 milhões de unidades).

"Vamos produzir 1 milhão de veículos em cinco anos, número que levamos 15 anos para acumular em Sumaré", ressalta Takedagawa. Em sua opinião, o Brasil deve vender 4 milhões de veículos até 2015 e 5 milhões até 2020. "A matriz vê o mercado brasileiro como um dos mais promissores no mundo."

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