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Autoridades do Egito informaram que uma explosão atingiu um ônibus neste domingo na cidade turística de Taba, próxima da fronteira com Israel, matando três turistas sul-coreanos e o motorista e ferindo outras 12 pessoas, segundo autoridades de segurança locais. Este foi o primeiro atentado contra turistas na região do Sinai em quase uma década. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.
A causa da explosão ainda não está esclarecida, mas suspeita-se de um carro-bomba ou de uma bomba colocada na estrada e detonada por controle remoto. O ônibus, que transportava 33 passageiros sul-coreanos, tinha partido originalmente do Cairo e estava prestes a entrar em Israel pela cidade de Taba, de acordo com autoridades que falaram em condição de anonimato. Antes, os turistas tinham visitado o Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, na Península do Sinai.
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"Estou muito triste com o incidente", disse o ministro de Turismo egípcio, Hesham Zazou, em entrevista à rede de TV estatal. A Presidência do país classificou o ataque como "um ato deplorável de covardia" e disse que os responsáveis serão levados à justiça.
A indústria do turismo no Egito, que normalmente responde por 11% da economia e 20% da receita em moeda estrangeira, vem sofrendo devido aos conflitos que se seguiram à derrubada do presidente Hosni Mubarak, em 2011. "A consequência triste para o Egito é que isso vai prejudicar o setor de turismo por muitos anos", disse Jon Alterman, diretor do Programa para o Oriente Médio no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em Washington.
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O atentado levantou temores de uma nova campanha contra turistas, semelhante à realizada por extremistas na década de 1990. Em 1997, homens armados abriram fogo no Templo de Hatshepsut, matando 58 turistas e quatro egípcios.