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A expansão imediata do projeto de implantação do sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) até os municípios do Litoral Sul (Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe) e Cubatão será uma das prioridades dos prefeitos da Baixada Santista na apresentação dos projetos de mobilidade urbana ao Governo Federal. Na terça-feira, a região teve confirmada sua inclusão no Pacto da Mobilidade Urbana, conhecido por PAC R$ 50 bilhões, por poder investir até esse valor às cidades que apresentarem projetos desse setor.
Os técnicos das prefeituras da região devem se encontrar amanhã na sede da Agência Metropolitana (Agem) da Baixada Santista para começar a definir os projetos a serem apresentados em Brasília. Uma estimativa inicial é de que a expansão do VLT até as cidades do Litoral Sul poderá custar R$ 1 milhão.
O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), foi um dos mais incisivos defensores da expansão imediata do VLT – cuja primeira etapa inclui apenas a linha São Vicente/Santos – no encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (das Cidades), realizado terça-feira, no Gabinete da Vice-Presidência da República, em Brasília.
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O chefe do Executivo praia-grandense teme que se a expansão do VLT para o Litoral Sul for feita apenas em 2020 ou em 2022, não haverá maneira de se evitar o caos no sistema de transporte regional.
Para ressaltar a falta de um modelo de transporte eficiente na Baixada Santista, lacuna que pode ser preenchida com o VLT, Mourão usou como exemplo o caso de um morador de Peruíbe que tem de ser atendido no Ambulatório Médico de Especialidades (Ame) de Santos e tem de gastar R$ 15,00 de passagem para chegar até Santos e outros R$ 15,00 para retornar.
O prefeito praia-grandense também ressaltou, no encontro em Brasília, que a falta de um sistema adequado de transporte faz os jovens do Litoral Sul a Santos também perderem a oportunidade de estudar em Santos, e ainda exclui, do principal polo gerador de emprego, os moradores de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe. O empreendedor, citou Mourão, vai sempre optar por contratar uma pessoa que more mais perto para gastar menos de vale-transporte.
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Sistema hidroviário
A prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), destacou como positiva a sinalização clara para que os municípios apresentem projetos de caráter eminentemente metropolitano. “Não dá para cada prefeitura chegar com um projeto isolado. As prefeituras que não tiverem projeto básico poderão pedir verba dos ministérios”, comentou.
Para Marcia Rosa, a expansão do projeto do VLT até Cubatão vai dar, de fato, um caráter regional ao sistema. Outra ideia defendida é a criação de um sistema hidroviário, proposta apresentada por ela em uma recente reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb).
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Túnel em Santos
Um dos principais projetos de mobilidade da Baixada será o túnel ligando Santos (Zona Noroeste) a São Vicente. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), já apresentou a proposta em Brasília há cerca de 40 dias. O projeto tem custo estimado de R$ 450 milhões.
No encontro de terça-feira, Paulo Alexandre afirmou que, havendo a possibilidade de inserir outros projetos no Pacto da Mobilidade, poderá inscrever a expansão da linha de teleférico nos morros santistas.
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