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O Exército de Burkina Faso marchou sobre sua própria capital, nesta segunda-feira, para tentar reverter um golpe no pequeno país que se tornou um grande teste para a democracia na África.
Em comunicado divulgado pela Radio France Internationale, os comandantes do Exército prometeram tomar a cidade de Ouagadougou sem derramar sangue. Uma vez na capital, eles disseram que iriam desarmar a guarda presidencial que tomou o poder na quarta-feira semanas antes de uma eleição marcada que poderia ser a primeira realmente democrática em décadas, no país de 18 milhões de habitantes.
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Um grande comboio de soldados em picapes podia ser visto seguindo para Ouagadougou na tarde desta segunda-feira, informou a rádio Burkina 24. Não estava claro como os líderes do golpe responderiam.
Uma ex-colônia francesa, Burkina Faso foi comandada durante 27 anos pelo presidente Blaise Compaoré. Em novembro, Compaoré, de 64 anos, fugiu após três dias de furiosos protestos de jovens manifestantes. Um governo de transição prometeu eleições dentro de um ano, que aconteceriam no próximo mês.
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Após tomar a emissora estatal na última quarta-feira, a guarda presidencial de Compaoré decretou que estava assumindo o comando e adiou indefinidamente as eleições. Os aliados mais próximos do país, os EUA e a França, condenaram o golpe, enquanto os presidentes do Benin e de Senegal viajaram até Burkina Faso para pedir que a guarda presidencial entregue o poder.