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Após mais de um mês de recesso, o julgamento de Oscar Pistorius teve mais uma sessão nesta segunda-feira na Corte de Pretória, na África do Sul. Durante os últimos 40 dias, o ex-atleta paralímpico foi submetido a diversos testes para diagnosticar o seu estado de sanidade ao matar a namorada Reeva Steenkamp. E o resultado confirmou: o sul-africano não sofria de qualquer desordem mental no momento do assassinato.
A confirmação foi dada pelo promotor chefe do julgamento. Segundo o relatório realizado após inúmeros testes feitos por um psicólogo e três psiquiatras, Pistorius não tinha qualquer bloqueio mental que o impedisse de entender a ilicitude de seu ato ao atirar em Steenkamp através de uma porta de banheiro fechada em fevereiro do ano passado.
"Ele era capaz de entender a ilicitude de sua ação", garantiu Gerrie Nel, que entregou o relatório à juíza do caso, Thokozile Masipa. Nel alegou que Pistorius assassinou Steenkamp, uma modelo de 29 anos, depois de uma discussão sobre o dia dos namorados e classificou o sul-africano como "cabeça quente, com amor por armas e ego inflado".
Os testes psicológicos foram feitos depois que a defesa de Pistorius utilizou-se de um depoimento da psiquiatra Merryll Vorster. Ela alegou que o ex-atleta tinha um distúrbio de ansiedade que poderia ter contribuído para o assassinato. Vorster ainda garantiu que o sul-africano sentia-se vulnerável por sua condição física e guardava uma grande mágoa pela morte de Steenkamp.
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Diante da argumentação da psiquiatra, o juiz pediu os testes, que devem complicar ainda mais a situação de Pistorius. O ex-atleta pode ser condenado de 25 anos de prisão a prisão perpétua se for considerado culpado da acusação de assassinato premeditado. Ele ainda pode pegar anos de cadeia se for condenado por assassinato sem premeditação ou por negligência. Por enquanto, no entanto, responde em liberdade.
Astro do esporte paralímpico, com diversas medalhas de ouro no atletismo em Jogos Paralímpicos, Pistorius teve as duas pernas amputadas quando tinha apenas 11 meses. No dia 14 de fevereiro do ano passado, ele atirou quatro vezes contra Reeva Steenkamp. O ex-atleta alega que disparou por engano e que confundiu a sua namorada com um intruso que acreditava ter entrado em sua casa.
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