Cotidiano

Ex-preso político da África do Sul anuncia intenção de ser candidato à Fifa

Em um entrevista coletiva realizada em Johannesburgo, ele afirmou que irá apresentar até esta segunda-feira a documentação necessária

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/10/2015 às 22:09

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Um preso político da era do apartheid que depois se tornou um magnata multimilionário da mineração poderá se tornar o quinto candidato a confirmar participação na eleição presidencial da Fifa, marcada para 26 de fevereiro de 2016. Depois de receber o apoio oficial da Associação Sul-Africana de Futebol (SAFA, na sigla em inglês), Tokyo Sexwale anunciou neste sábado a sua intenção de entrar na disputa pelo cargo que será deixado por Joseph Blatter.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Em um entrevista coletiva realizada em Johannesburgo, ele afirmou que irá apresentar até esta segunda-feira, prazo final para entrega de candidaturas, a documentação necessária exigida pela entidade que controla o futebol mundial para poder se tornar um candidato na eleição.

Com apoio unânime da SAFA, o empresário de 62 anos atualmente desempenha a função de assessor da Fifa em assuntos de racismo, depois de ter sido prisioneiro em Robben Island junto com Nelson Mandela, assim como já teve um programa de TV na África do Sul.

E, mesmo tendo sido preso, ele se tornou um bem-sucedido homem de negócios nos setores de mineração e energia, com uma fortuna calculada em US$ 200 milhões.

Continua depois da publicidade

Outro quatro candidatos já entregaram seus documentos para entrar na eleição da Fifa: o ex-jogador francês e presidente da Uefa, Michel Platini, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, o ex-dirigente da Fifa Jérôme Champagne e o ex-capitão da seleção de Trinidad e Tobago David Nahkid.

Para se tornar candidato, o aspirante ao cargo precisa ter o apoio oficial de pelo menos cinco federações nacionais, além de demonstrar que desempenhou um papel ativo no futebol em ao menos dois dos últimos cinco anos. Além disso, precisará passar nos testes de integridade promovidos pelo Comitê de Ética da Fifa.

Tokyo Sexwale atualmente desempenha a função de assessor da Fifa (Foto: Associated Press)

Continua depois da publicidade

A Fifa elegerá um novo presidente depois da decisão de Blatter de renunciar ao seu cargo apenas quatro dias depois de ter sido reeleito presidente, em meio passado. Ele se viu pressionado a deixar o comando da entidade após um escândalo de corrupção provocar a prisão de uma série de dirigentes, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, como fruto de uma investigação das polícias dos Estados Unidos e da Suíça.

Blatter e Platini foram suspensos provisoriamente por 90 dias enquanto a Fifa investiga um pagamento de dois milhões de francos suíços do atual presidente da entidade ao francês, que recebeu o dinheiro em 2011 por alegados serviços prestados ao mandatário máximo do futebol mundial.

Caso se torne um candidato e conte com o respaldo de todo o continente africano, Sexwale poderia ter chance de ser eleito presidente, pois a África possui a confederação continental que conta com maior número de votos (54) no pleito da Fifa.

Continua depois da publicidade

Além de trabalhar no comitê da Fifa que combate o racismo, Sexwale foi mediador da entidade na disputa entre as federações de Israel e Palestina, uma missão diplomática que foi encomendada por Blatter. Ele também fez parte do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software