Cotidiano

Ex-prefeito acusado de desaparecimento de estudantes no México é preso

Ele e sua esposa são acusados de responsabilidade no ataque em que seis estudantes morreram, 25 ficaram feridos e 43 desapareceram no dia 26 de setembro

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/11/2014 às 20:52

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A Polícia Federal do México prendeu hoje (4), na capital do país, o ex-prefeito de Iguala José Luis Abarca e sua mulher, Maria de los Angeles Pineda. Eles são acusados de responsabilidade no ataque em que seis estudantes morreram, 25 ficaram feridos e 43 desapareceram no dia 26 de setembro em Iguala, que fica a cerca de 200 quilômetros ao sul da Cidade do México.

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O ataque a tiros contra ônibus com estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa, que foram a Iguala para recolher fundos, foi executado por policiais municipais e integrantes do grupo criminoso Guerreiros Unidos. Mais de 50 pessoas, entre policiais, funcionários públicos e supostos criminosos, já foram presos. De acordo com alguns deles, os 43 desaparecidos foram assassinados e enterrados após o ataque.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ressaltou que Abarca e sua esposa são apontados como responsáveis pelos acontecimentos “muito lamentáveis” e disse esperar que a prisão do casal ajude a esclarecer o crime. “Espero que esta detenção contribua de maneira decisiva para o esclarecimento e a investigação feita pela Procuradoria-Geral da República.”

 José Luis Abarca foi preso nesta terça-feira (Foto: Divulgação)

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A Justiça do México acusa Abarca e Maria de ter organizado o crime. A esposa do ex-prefeito tem irmãos ligados ao narcotráfico. Os dois fugiram poucos dias depois do ataque e, desde o dia 22 de outubro, após emissão de mandado de detenção, eram procurados pela polícia.

Desde o desaparecimento dos estudantes, as famílias protestam contra a leniência do Estado na investigação e tentam chamar a atenção da comunidade internacional para que as investigações sejam aceleradas. Na semana passada, foram finalmente recebidos pelo presidente mexicano e reclamaram da falta de resultados concretos.

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