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“Somos professoras, sim!” Assim gritavam as professoras de desenvolvimento inicial (PDIs), antigas pajens, da rede de ensino de Cubatão durante manifestação em frente ao Paço Municipal. A categoria pede por valorização, respeito e reconhecimento. “Estamos há 11 anos nesta luta. Estão distorcendo a nossa situação, dizendo que a gente não tem formação. Mas a gente é formada, somos professoras pós-graduadas e conquistamos o cargo através de concurso”, reclama a professora Kátia Rodrigues de Souza.
O imbróglio é antigo. Surgiu desde a determinação da 4ª Vara Civil de Cubatão sobre a paralisação das atribuições de aulas na rede municipal à categoria, para o próximo ano letivo. A liminar (decisão provisória e já recorrida pela Prefeitura, segundo o secretário municipal de Educação, Fábio Inácio), concedida em favor ao Sindicato dos Professores cubatenses, se baseia nas “reiteradas tentativas” do poder público local em distribuir cargos da Educação Infantil I (0 a 3 anos) a auxiliares e pajens.
“Nós sofremos bullying, somos hostilizadas. Quem criou esta situação foi a associação, que deveria unir e lutar pela categoria. Perdemos benefícios por causa desta decisão errônea. Nós somos professoras sim e merecemos os mesmos direitos”, explica a presidente da Associação de Professores de Desenvolvimento Inicial, Elza Dias.
A reunião para atribuições de aulas aconteceu na última segunda-feira, dia 15. “Nós costumamos adiantar esta reunião para que as professoras se organizem melhor. Mas com a decisão do sindicato de dar preferência para as professoras de Educação Infantil causou um mal estar com as PDIs (antigas pajens). Essa divisão só traz prejuízos para a Educação da Cidade”, explica o secretário.
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Educação Básica
Toda esta confusão é desdobramento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996), que passou a considerar as creches como a primeira etapa da educação básica. Antes, essas unidades tinham caráter assistencialista, e ocupada por profissionais de serviço social. Em Cubatão, a normatização do setor se deu em 2004, com uma lei municipal que transformou o cargo de pajem em Professor de Educação Infantil I.
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Segundo a presidente da associação, Elza Dias, a maior parte do quadro é formada por professores aprovados em concurso público. A exceção se dá em casos específicos ou servidores admitidos na rede anterior à Constituição de 1988 — ocasião que se estabeleceu a realização de concurso para serviços públicos.
Legislativo
Presente na manifestação, o vereador Ivan Hildebrando (PDT) declarou apoio à causa da categoria. “Irei propor uma comissão especial assim que voltarmos do recesso para entendermos esta situação e tentarmos um acordo entre as partes”, explica.
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