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Hospitais públicos na cidade de Nova York estão tão preocupados com o vírus ebola que têm secretamente enviado atores com falsos sintomas às salas de emergência, para testar quão bem suas equipes de triagem identificam e isolam possíveis casos da doença.
Segundo o diretor médico da Corporação de Saúde e Hospitais de Nova York, Ross Wilson, alguns funcionários do setor de emergência também passaram por novo treinamento para aprender a colocar e a remover equipamentos de proteção de modo adequado.
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Wilson diz também que 24 pacientes testados para o vírus ebola foram colocados em isolamento em hospitais públicos da cidade nas últimas oito semanas. Nenhum deles tinha a doença, mas o diretor afirma que isolar possíveis casos o mais rápido possível é essencial para impedir que o vírus se espalhe.
Até esta terça, não houve nenhum caso de transmissão do Ebola em território americano. O único paciente infectado contraiu o vírus na Libéria e está sendo tratado em Dallas, no Texas.
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Ainda assim, os provedores de saúde estão preocupados o suficiente para tomar uma série de precauções. Não está claro, contudo, se a preparação será excessiva ou insuficiente para enfrentar a doença.
No centro hospitalar Bellevue, em Nova York, técnicos estão montando um laboratório exclusivo para testes de sangue com o ebola, impedindo que as amostras contaminem outros equipamentos. Algumas camas também foram preparadas em uma ala de isolamento, onde aguardam a confirmação de casos da doença.
O sistema de emergência por telefone da cidade também passou a orientar os cidadãos a descrever sintomas parecidos com os do Ebola e a pedir por ambulâncias, caso tenham viajado para o oeste africano recentemente. Essa última pergunta também se tornou praxe na AMR, empresa que opera ambulâncias particulares em 40 Estados.
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A AMR orientou seus funcionários e 19 mil paramédicos e técnicos em medicina a alertar as autoridades de saúde e a utilizar equipamentos extras de proteção, caso o paciente confirme ter alguns dos sintomas da doença. A empresa também emitiu um guia passo-a-passo para a utilização de plástico, sacos de lixo e fita adesiva para proteger ambulâncias e motoristas de pacientes infectados.
Uma precaução mais comum é tomada no hospital Mercer County Community, na cidade de Coldwater, Ohio. Segundo Nicole Pleimen, uma enfermeira que trabalha com a prevenção e controle de infecções, o hospital afixou mensagens na entrada há um mês, pedindo aos pacientes para avisar imediatamente caso tenham feito viagens recentes a países africanos atingidos pela doença.
Cuidando de oito crianças que tiveram contato direto com o único paciente americano confirmado com o ebola, o hospital Children's Memorial, no Texas, está se preparando para receber pacientes pediátricos contaminados pela doença.
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Os centros americanos de Controle e Prevenção de Doenças exortaram os serviços de saúde a se prepararem, ao mesmo tempo em que insistem que os Estados Unidos não devem registrar o mesmo surto que vitimou milhares de pessoas na Libéria, Serra Leoa e Guiné.
A expectativa é a de que as taxas de mortalidade sejam muito menores em países cuja infraestrutura de saúde é mais sofisticada. Além disso, o Ebola não é tão contagioso quanto a gripe, que se espalha pelo ar, e também não é transmitido por pessoas que não têm sintomas, como é o caso do HIV.