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Os Estados Unidos pediram neste sábado a "libertação imediata" de Merrill Newman, um norte-americano de 85 anos detido na Coreia do Norte desde o mês passado. Ele é acusado de ter praticado "atos hostis" contra o governo.
"Dada a idade avançada de Newman e sua condição de saúde, pedimos que o libertem para que ele possa retornar para casa e para sua família", disse a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Caitlin Hayden.
Uma reportagem publicada pela agência oficial da Coreia do Norte neste sábado em Pyongyang deu a primeira explicação para a detenção do norte-americano que visitava o país. Os norte-coreanos acusam Newman de ser conselheiro de uma unidade anticomunista ativa no país durante a Guerra da Coreia entre 1950 e 1953. Newman teria pedido a seus guias turísticos que o ajudassem a encontrar veteranos dessa unidade e seus descendentes, de acordo com uma confissão que a Coreia do Norte publicou e disse ter sido escrita pelo norte-americano.
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A Coreia do Norte ainda divulgou um vídeo de Newman fazendo a alegada confissão. Na filmagem, ele parece saudável e é visto lendo papeis em uma sala de reuniões vazia. Ele também é visto colocando suas digitais na confissão, a qual é datada de 9 de novembro, segundo reportagens.
No comunicado, divulgado em um inglês fora dos padrões, Newman leva a crer que confessa "ser culpado por uma longa lista de crimes". A Coreia do Norte tem um longo histórico de forçar estrangeiros detidos a fazerem confissões antes de sua libertação.
O caso levanta questionamentos sobre como a continuidade da prisão de Newman pode afetar as tentativas de Washington de fazer a Coreia do Norte ceder em temas humanitários e em questões nucleares. Além de Newman, o país asiático mantém detido outro cidadão americano, Kenneth Bae, há mais de um ano.
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