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O Pentágono disse que o governo dos EUA pagará uma indenização aos familiares das vítimas do ataque aéreo que matou 22 pessoas, no último sábado (3), em um hospital operado pela organização Médicos sem Fronteiras (MSF), em Kunduz, no Afeganistão.
"O Departamento de Defesa acredita que é importante enfrentar as consequências do incidente trágico no hospital da MSF em Kunduz, Afeganistão", disse Peter Cook, porta-voz do Pentágono, em comunicado, acrescentando que os EUA também pagarão pela reconstrução do hospital.
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"As forças dos EUA no Afeganistão vão trabalhar com os afetados para determinar pagamentos apropriados. Se necessário e apropriado, o governo vai buscar autorização do Congresso", afirmou.
Na última quarta (7), o presidente Barack Obama, pediu desculpas à organização pelo ataque. No dia anterior, o secretário de Defesa, Ash Carter, havia admitido a culpa dos EUA e "lamentou profundamente" as mortes.
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"As Forças Armadas dos EUA tomam o maior cuidado em nossas operações para impedir a perda de vidas inocentes, e quando cometemos erros, nós os admitimos. É exatamente o que estamos fazendo agora", disse Carter.
O general John Campbell, líder militar dos EUA no Afeganistão, afirmou que o ataque aéreo foi em resposta a um pedido de militares afegãos. Os EUA então providenciaram suporte aéreo para as forças daquele país que estavam em conflito com militantes do Taleban em Kunduz, capital da província que foi capturada no mês passado pelos extremistas.
A presidente internacional da entidade, Joanne Liu, afirmou que o pedido de desculpas não será suficiente, pois se trata de um crime de guerra, e a MSF espera que o governo americano consinta com uma investigação independente por uma comissão internacional.
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Entre os mortos do ataque americano ao hospital estavam 12 integrantes da MSF.