Cotidiano

EUA denunciam violência no Egito; UE pede "máxima contenção"

Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse que a repressão "dificulta o progresso da situação" no Egito

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/08/2013 às 17:19

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Casa Branca denunciou nesta quarta-feira a repressão das forças de segurança do Egito aos manifestantes que exigem a restauração da democracia no país, enquanto a União Europeia (UE) deplorou a violência e pediu à polícia e ao exército egípcios que "exerçam o máximo de contenção" diante dos protestos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse que a repressão "dificulta o progresso da situação" no Egito e vai contra as promessas do governo conduzido ao poder depois do golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Morsi. Ele pediu contenção e alertou que "o mundo inteiro está acompanhando" os acontecimentos no Egito.

Depois do pronunciamento da Casa Branca, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que a violência representa "um sério golpe" contra os esforços de reconciliação política. "Este é o momento crucial para todos os egípcios. O caminho da violência leva somente a mais instabilidade, desastre econômico e sofrimento", disse o chanceler norte-americano.

Nos dias que se seguiram à deposição de Morsi, o governo norte-americano esquivou-se da possibilidade de declarar que houve golpe no Egito. Tal declaração forçaria o congelamento da ajuda militar anual de US$ 1,5 bilhão fornecida por Washington ao Cairo.

Continua depois da publicidade

Já a baronesa Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE, deplorou a violência e pediu "máxima contenção" às forças de segurança egípcias.

John Kerry disse que a violência representa

"A confrontação e a violência não são a forma de solucionar importantes questões políticas. O futuro democrático do país vai depender de um diálogo entre todos os interessados em superar as divergências e em um processo inclusivo de reconciliação política, com um governo civil no poder e instituições democráticas em funcionamento", declarou Ashton.

Continua depois da publicidade

Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, denunciou a violência e conclamou todas as partes envolvidas a reconsiderarem suas ações à luz da nova realidade política e da necessidade de evitar a perda de mais vidas.

Até mesmo o governo da Turquia, que meses atrás foi duramente criticado pela repressão a protestos ocorridos no país, denunciou as ações do governo interino do Egito. A repressão é "um sério golpe contra a esperança de retorno à democracia", declarou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, por meio de nota.

Na Jordânia, enquanto isso, o braço local da Irmandade Muçulmana conclamou seus pares egípcios a continuarem protestando e advertiu aos líderes do golpe militar no Egito que eles caíram "na armadilha de uma conspiração" articulada pelos Estados Unidos e por Israel para enfraquecer os muçulmanos.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software