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O governo norte-americano está aumentando sua resposta à crise do ebola no país. Autoridades federais de saúde foram chamadas para depor nesta quinta-feira diante de um comitê do Congresso para explicar os erros ocorridos no isolamento de pacientes com ebola em um hospital no Texas.
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas Anthony Fauci, foi ouvido nesta quinta-feira pelo comitê. Em seu depoimento, Fauci declarou que a morte de Thomas Eric Duncan e a transmissão do vírus para duas enfermeiras de Dallas e uma atendente de saúde na Espanha "intensificam as preocupações sobre a ameaça global de saúde".
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O diretor disse ainda que duas possíveis vacinas serão submetidas a uma primeira fase de testes clínicos em humanos ainda este ano, mas alertou que os cientistas ainda estão nos estágios iniciais de compreensão de como o ebola pode ser tratado e prevenido.
O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Tom Frieden, também deve prestar depoimento ao comitê nesta quinta-feira. Em declarações prévias, Frieden já havia dito que houve uma quebra de protocolo no hospital em Dallas e que a segunda enfermeira diagnosticada com a doença, Amber Joy Vinson, não deveria ter obtido permissão para viajar em um voo comercial enquanto estava sendo monitorada.
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Mais de 70 agentes de saúde que monitoraram o caso de Duncan são mantidos sob observação pelas autoridades federais.
O presidente Barack Obama cancelou seus compromissos oficiais pelo segundo dia consecutivo para organizar a resposta dos Estados Unidos à crise. Ele pediu que autoridades federais agissem "de modo muito mais agressivo" para analisar os casos em Dallas e garantir que as lições aprendidas lá sejam repassadas aos demais Estados. Obama também afirmou que a situação do ebola no país não pode ofuscar a epidemia na África, onde a doença já fez mais de 4 mil vítimas.
Na quarta-feira, Obama fez uma videoconferência com líderes europeus para discutir medidas de cooperação na luta contra o ebola em Serra Leoa, Libéria e Guiné, e pedir mais doações de dinheiro e de profissionais de saúde para conter a doença.
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Repercutindo a crise no país, congressistas republicanos, incluindo o presidente da Câmara, John Boehner, pediram que houvesse a proibição de voos ou a suspensão de vistos para países do oeste da África, onde a doença se espalhou.