Cotidiano
A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU) fez a advertência durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre a situação dos direitos humanos no leste da Ucrânia
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Os Estados Unidos advertiram a Rússia nesta sexta-feira que qualquer nova intervenção na Ucrânia - o que inclui ações com o pretexto de enviar ajuda humanitária - será visto como uma "invasão" do território ucraniano.
A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU) fez a advertência durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre a situação dos direitos humanos no leste da Ucrânia, onde forças do governo combatem separatistas pró-Rússia. A declaração foi feita também após recentes acusações de que Moscou teria enviado 20 mil militares para a fronteira entre os dois países, segundo estimativas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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Power lembrou que a Rússia propôs a criação de "corredores humanitários" para levar ajuda aos separatistas. "A situação humanitária precisa ser enfrentada, mas não por aqueles que a causaram", destacou ela.
Ela saudou a criação, pelo governo ucraniano, de "corredores humanitários" para levar ajuda para áreas controladas pelos separatistas e permitir a saída de civis. Se Moscou quer enviar ajuda para os separatistas, disse ela, a ajuda deveria ser entregue por organizações internacionais neutras, dentre elas o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
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"Portanto, qualquer intervenção unilateral da Rússia em território ucraniano, incluindo ações sob o pretexto de fornecer ajuda humanitária, será completamente inaceitável e profundamente alarmante, além de ser também visto como uma invasão da Ucrânia", afirmou Power.
A embaixadora disse que a Rússia também lançou a ideia na semana passada de enviar forças de paz russas para o leste ucraniano.
"Uma força de paz russa na Ucrânia é um contrassenso", disse Power. "Em cada fase da crise, os russos sabotaram a paz, não a construíram e isso é particularmente preocupante tendo em vista a suposta anexação da Crimeia...forças de paz são imparciais e a Rússia apoia totalmente os separatistas armados no conflito."
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O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, pediu o fim imediato da ação militar no leste ucraniano e criticou o último relatório da ONU sobre a situação humanitária no país por ser parcial por responsabilizar "as formações de autodefesa por ...tudo, menos canibalismo".
Ele exigiu saber por que o relatório não condena as forças de segurança ucranianas por usar artilharia e outras armas pesadas para destruir áreas residenciais e infraestrutura, especialmente nas cidades de Donetsk and Lugansk, dominadas pelos separatistas.