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Os Estados Unidos indicaram nesta sexta-feira (30) que estão prestes a iniciar um ataque limitado e de curto prazo contra a Síria, com o objetivo de retaliar o regime pelas explosões de armas químicas que mataram pelo menos 1.429 pessoas no dia 21 de agosto, segundo estimativa de Washington. O caminho para a ação militar foi pavimentado com a divulgação de um relatório do serviço de inteligência que responsabiliza autoridades ligadas a Bashar Assad pelo uso de gases proibidos e mortais contra a população civil.
Apesar de afirmar que ainda não tomou a "decisão final sobre as várias ações que podem ser adotadas", o presidente Barack Obama deixou evidente sua intenção de atacar a Síria. A questão não é mais "se" a ofensiva ocorrerá, mas sim quando e como ela será realizada. Cinco navios de guerra americanos estão ancorados no leste do Mar Mediterrâneo, prontos para disparar mísseis contra o território sírio. De acordo com a imprensa do país, há 50 alvos já definidos.
Washington sustenta que sua intenção é punir Assad e reduzir sua habilidade de utilizar armas químicas no futuro.
Depois de dez anos de guerra no Afeganistão e no Iraque, o presidente reconheceu que há resistência ao envolvimento do país em mais um conflito e definiu os limites da ação: ela terá prazo para acabar, não levará à presença de tropas em território sírio e não buscará a deposição de Assad.
"Eu asseguro: ninguém é mais ressabiado em relação à guerra do que eu", declarou Obama, que há dez anos se opôs à Guerra do Iraque iniciada por seu antecessor, George W. Bush. "Não estamos considerando um comprometimento em aberto."
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