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Conforme adiantado pelo DL, mais de 300 trabalhadores, entre professores e funcionários, das Escolas Técnicas (Etecs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) aderiram a greve da categoria. Os trabalhadores reivindicam a implantação do novo plano de carreira que, segundo eles, é promessa do Governo do Estado. A paralisação é por tempo indeterminado.
Para alertar a população sobre a paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) divulgou uma carta aberta explicando os motivos da greve. “Após dois anos aguardando a implantação do novo plano de carreira, iremos à greve geral por tempo indeterminado. Apesar da imensa propaganda que o governo faz das ETECs e FATECs, em todas as unidades há falta de professores e funcionários, pois nossos salários são os menores da Educação Profissional e Tecnológica do Brasil, e nossas condições de trabalho deixam muito a desejar”, explica.
O Centro Paula Souza, vinculado ao Governo de São Paulo, é o responsável pela administração das Etecs e Fatecs do Estado. O plano de carreira reivindicado pela categoria engloba jornada definida para os docentes, inclusão de política salarial, fim da avaliação de desempenho para evolução na carreira e retroatividade.
“Em 2011, fizemos greve e, além de algumas conquistas, que nem de perto minimizaram nossas perdas salariais, o Governo do Estado comprometeu-se a elaborar um novo plano de carreira para a categoria. Desde então, o Sindicato vem pressionando pela implantação da carreira. Durante o ano de 2013, houve várias negociações entre as partes e foi construída uma proposta considerada razoável pelos trabalhadores, que aceitavam deixar de fora algumas reivindicações históricas, a fim de agilizar seu trâmite e ver o novo plano implantando naquele ano”, alega o sindicato.
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Porém, segundo o sindicato, a proposta elaborada entre as partes se perdeu. “No meio de 2013, quando as negociações terminaram, o projeto seguiu para o Governo, que precisaria apenas enviá-lo à Assembleia Legislativa. Embora tenha se comprometido a fazer isso ainda em 2013, a tempo de ser aprovado até o final do ano, o governo não cumpriu a palavra. Hoje, não sabemos onde está o projeto e nenhuma posição concreta é fornecida”, explica.
Onde está o projeto
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De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), Silvia Elena de Lima, após greves e negociações em 2013 o Governo do Estado ofereceu o novo plano de carreira, que foi aceito pelos trabalhadores. No entanto, a proposta não foi enviada à Assembleia Legislativa (Alesp) para votação.
Silvia se reuniu com secretários de Estado na última quarta-feira, dia 12, quando foi informada que o plano já deixou a Secretaria de Gestão e, agora, tramita nas secretarias de Planejamento e Fazenda.
Segundo a presidente, a previsão das secretarias é liberar o plano em 15 dias para que o governador Geraldo Alckmin o envie à Alesp, na forma de projeto de lei, até o início de março. Ainda assim, a categoria promete pressionar com a greve, que começa na segunda-feira. “Concluir este processo e enviar o projeto à Alesp é uma questão de vontade política. E a categoria sabe que, sem a greve, não vai acontecer nada”.
Promessa
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Por meio de sua assessoria de imprensa, o Centro Paula Souza garante que haverá celeridade no processo de encaminhamento do projeto de lei à Alesp. Segundo a qinstituição, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico irá promover uma reunião com os secretários da Casa Civil, Fazenda e Planejamento, em conjunto com o presidente da Comissão de Política Salarial do Governo do Estado, no intuito de agilizar os procedimentos para aprovação do plano de carreira.