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A cidade de Paris amanheceu assustada, vazia e sob marcas de balas dos atentados que mataram mais de 120 pessoas na noite de sexta-feira (13). As janelas do restaurante Le Carillon estampam os buracos dos tiros dos terroristas. No chão de sua calçada, muita areia foi espalhada para tentar apagar as manchas de sangue das vítimas.
Na esquina em frente, o Le Petit Cambodge recebe flores e velas em homenagem aos mortos. Moradores se emocionam ao lembrar as cenas de horror na noite de sexta. Ao todo, pelo menos 12 pessoas perderam a vida nos dois restaurantes.
Na manhã deste sábado (14), o francês Jonathan, 27, e a sua companheira Charline, 26, foram ao local. Moram na rua de trás.
"Estava em casa na hora do ataque, ouvi dois tiros e minutos depois uma sirene. Fiquei em casa por segurança, porque comecei a acompanhar pelas redes sociais o que ocorria. É triste demais", conta Jonathan, que pediu para preservar o sobrenome.
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A reportagem percorreu as principais avenidas da região dos ataques. Lojas, museus, bibliotecas e algumas estações de metrô estão fechados. Poucas pessoas se arriscaram a sair pelas ruas, seguindo orientação das autoridades francesas.
A polícia isolou a área da casa de show Bataclan, onde ao menos 80 pessoas foram mortas pelos terroristas. Somente peritos e investigadores têm acesso ao local.
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A estudante Lola Dhers, 20, mora a poucos quarteirões dali. É frequentadora assídua do Bataclan. "Estava em casa e ao ouvir as sirenes fui buscar informação. Comecei a telefonar para amigos que vivem por aqui para ter certeza de que estavam bem", diz.
"Não sinto medo, é muito mais um choque. Mas temos que seguir a vida, fazer as nossas coisas, não posso ficar trancada em casa", ressaltou.
A reportagem chegou a Paris de trem, no primeiro horário vindo de Londres, por volta de 6h.
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Apesar de todos os bilhetes vendidos, os vagões estavam vazios -o Eurostar, empresa que administra os trechos, anunciou que deve devolver os valores pagos em caso de desistência por causa dos atentados.
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