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Pesquisa feita para o Centro de Estudos Migratórios mostra que o fluxo de paraguaios para a região metropolitana de São Paulo tem aumentado na última década. Segundo o levantamento, divulgado hoje (7), o grupo é o quarto maior (17,6 mil) depois de portugueses, bolivianos e chineses.
A pesquisa mostra que a migração para a região metropolitana tem aumentando recentemente. A maior parte (50,3%) dos nascidos no Paraguai residente na região metropolitana estabeleceram-se depois de 2005. O estudo destaca ainda que dois a cada três paraguaios que mudaram para o Brasil, o fizeram após os anos 2000.
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“São Paulo está a apenas uma madrugada de ônibus da fronteira com o Paraguai. Dependendo da época do ano, a passagem pode custar menos de R$ 200. Desse modo, o custo do deslocamento, a distância, o não recrudescimento das políticas migratórias, a situação econômica ascendente do país na primeira década dos anos 2000 são fatores a serem considerados para explicar o incremento recente dos paraguaios em São Paulo”, diz o texto da pesquisa coordenada pelos sociólogos Tiago Rangel Côrtes e Carlos Freire da Silva.
A migração para a região metropolitana nem sempre foi a primeira opção dos paraguaios. Segundo o estudo, ao longo da década de 1990, o Brasil não foi o destino prioritário: apenas 15,1% da população paraguaia que reside na região metropolitana ingressou entre 1981 e 2000. “Foi a partir da crise argentina deflagrada em 1990 e agudizada em 2001 e 2002 que os paraguaios começaram a rumar para São Paulo e para a Espanha em maior quantidade”.
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O estudo ressalta que, apesar dos dados do Ministério da Justiça, de 2011, mostrarem que 17.604 paraguaios moram na região metropolitana, o Consulado do Paraguai as organizações Paraguai Teete e Japayke apontam entre 40 mil e 60 mil paraguaios na região.
A pesquisa completa foi publicada na revista Travessia, do Centro de Estudos Migratórios.
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