Agora, tanto cientistas quanto autoridades precisam criar uma estratégia para evitar que esse número se torne algo preocupante para a saúde / Pexels
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Um grupo de pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) confirmou a presença de produtos químicos conhecidos como agrotóxicos nas chuvas em Brotas, em Campinas e até na capital paulista.
O ensaio foi devidamente publicado em uma plataforma de artigos científicos bem conhecida no meio. Leia o artigo completo aqui.
Em suma, os cientistas encontraram 14 agrotóxicos, além de cinco compostos derivados desse grupo de substâncias.
O grande vilão dessa história é o herbicida atrazina, que apareceu presente em 88% das amostras.
Outro problema é a presença do fungicida carbendazim. Embora proibido no Brasil, ele se mostrou presente em 88% dos casos.
Ainda segundo a pesquisa, essa concentração ainda está dentro do limite permitido em água potável. No entanto, parte do grupo não conta com um padrão de segurança.
Uma exposição exagerada e crônica pode apresentar riscos à saúde.
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A lista de novidades assusta. Em Brotas, interior do estado, o herbicida 2,4-D se mostra em maior concentração. Ele foi totalmente banido há menos de dois anos por trazer risco à fertilidade humana.
A presença de substância tem preocupado autoridades. Veja também que uma pesquisa descobre 'chuva de plástico' e estragos podem durar milênios.
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Outro caso complicado é o fipronil. Já considerado ilegal em outros cantos do mundo, como nos Estados Unidos da América, ele é utilizado para afastar abelhas e tem uma vida longa de 220 dias.
Em Brotas, por exemplo, o herbicida 2,4-D foi o de maior concentração na água da chuva. O produto está proibido desde 2023 no país por danos comprovados à fertilidade humana.
O fipronil, liberado no Brasil, mas já proibido na Europa e nos EUA, estava em 67% das amostras. O composto é potencialmente tóxico para abelhas e tem meia-vida longa, de 220 dias, em ambientes aquáticos, por exemplo.
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Em sua grande maioria, todos esses compostos são utilizados em lavouras, sendo dispersos na atmosfera.
Em seu lançamento, o vento, a umidade e a temperatura os transformam em gotas de chuva.
Agora, tanto cientistas quanto autoridades precisam criar uma estratégia para evitar que esse número se torne algo preocupante para a saúde da população.