Cotidiano

Estudantes da USP fazem 'intervenção' em aula de Moraes por chacina em Osasco

O ato foi pacífico e durou poucos minutos. Além disso, os estudantes convidaram o secretário a participar de uma audiência pública que ocorrerá nesta terça-feira

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/08/2015 às 14:48

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Cerca de 40 estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma intervenção em uma aula da graduação do professor e secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, na manhã desta segunda-feira, 24.

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O objetivo da intervenção dos alunos foi protestar contra a chacina em Osasco, região metropolitana, onde 18 pessoas foram assassinadas no dia 13 deste mês. O ato foi pacífico e durou poucos minutos. Além disso, os estudantes convidaram o secretário, que é docente do Departamento de Direito do Estado da instituição, a participar de uma audiência pública que ocorrerá nesta terça-feira, 25, em Osasco.

Em um vídeo divulgado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade representativa dos alunos, o estudante do oitavo semestre Fábio Machado, de 22 anos, pega o microfone para fazer críticas à Polícia Militar e ao tratamento dado à chacina. "Há fortes indícios de que (as mortes) foram cometidas por grupos de extermínio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Esse não é um caso isolado, mas sim uma prática institucionalizada da PM. E sabemos que com forte seletividade social e racial, é uma prática cotidiana".

Estudantes fizeram uma intervenção em uma aula da graduação do professor Alexandre de Moraes (Foto: Edson Lopes Jr/A2 Fotografia)

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Quando o estudante disse ao secretário que ele representava a secretaria, Moraes tentou interrompê-lo e disse que, ali, representava a USP.

Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o aluno disse que a intervenção foi planejada entre os alunos e que não atrapalhou a aula, já que foi feita no final do período. "Ele deu permissão para fazer o comunicado", disse. "A USP é um espaço privilegiado. O povo de Osasco não está ali dentro para fazer essa cobrança. É o mínimo que podemos fazer", comentou.

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