Cotidiano

Estoque de sangue do Inca baixou desde o início da Copa do Mundo

O instituto faz a partir de hoje (30) e vai até sábado (5), uma campanha para normalizar os níveis de doação de sangue durante o Mundial de Futebol

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/06/2014 às 16:00

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O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) registrou queda de 50% nos estoques de sangue, devido ao baixo comparecimento de doadores ao hospital no período da Copa do Mundo. O instituto faz a partir de hoje (30) e vai até sábado (5), uma campanha para normalizar os níveis de doação de sangue durante o Mundial de Futebol.

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A chefe do Serviço de Hemoterapia do Inca, Iara Motta  destacou  que é grande a dificuldade para conseguir doadores em períodos de grandes eventos no Brasil. Segundo ela, 50 pessoas doam sangue diariamente – quando o ideal seria 80. Na Copa este número caiu para 25.

“As pessoas estão envolvidas em participar, assistir aos jogos da Copa e deixam de comparecer para as doações.  As  atividades hospitalares continuam da mesma forma. Os pacientes continuam sendo submetidos as transfusões. Antes dos eventos a gente sensibiliza, chama a população e alerta. Mas nem sempre temos o retorno esperado”, disse.

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) registrou queda de 50% nos estoques de sangue (Foto: Divulgação)

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Iara observou  que no mês de julho aumenta a necessidade de doações de sangue. “Nós aproveitamos este [momento] para fazer a chamada. A nossa preocupação é  também com o feriado na sexta-feira (4) [feriado municipal no Rio], próximo ao fim de semana. Já pensou o Brasil na final? Aí que as pessoas vão surtar mesmo. Vão ficar mais envolvidas”.

O Inca faz, anualmente, cerca de 90 transplantes de medula óssea, 8.500 cirurgias, 42 mil atendimentos em quimioterapia e 73 mil atendimentos em radioterapia. Para que estes procedimentos sejam efetuados, o Instituto precisa de fazer mais de 3 mil transfusões de sangue por mês.

A dona de casa Dalva da Costa, de 63 anos, disse que, normalmente, doa sangue no Instituto estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), mas desta vez foi ao Inca para ajudar um amigo que precisa de doação de sangue.

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“ Acho que é muito importante para a vida de qualquer pessoa. A gente tem que pensar no semelhante. A doação é importante para salvar a vida de uma pessoa. Às vezes salva até três pacientes. Você não sabe se vai precisar alguma vez também”, concluiu.

Podem doar sangue as pessoas entre 16 e 69 anos com mais de 50 quilos, menores de 18 anos de idade precisam de consentimento do responsável legal; não é necessário estar em jejum; evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação. Pessoas com febre, gripe, resfriado, grávidas e com tatuagens não podem doar sangue temporariamente.

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