Artista mostra chapéus e lenços com estampas de flores em um varal, na orla do Praião, em Itanhaém / Nayara Martins/DL
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Unir a arte de tingir chapéus e lenços, de forma artesanal, e garantir o ganha pão. Essa é a proposta da estilista Adriana Maria Mendes de Toledo, que faz peças diferentes e vende ao público, aos finais de semana, na orla da praia do Centro, conhecida como Praião, em Itanhaém.
Adriana Toledo conta a sua história de como iniciou, no ano de 2012, a fazer os tingimentos de forma natural, em vestidos, chapéus e nos lenços, em seu ateliê, em São Paulo. Ela também já atuou como gerente de lojas na Capital.
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“Iniciei como estilista a costurar uma linha de vestidos para festas. Cheguei a fazer um vestido de festa para a atriz Gabriela Alves, que atuava em uma peça teatral, em São Paulo. As peças sempre foram feitas com tons claros e para usar em várias ocasiões”, explica.
Ela decidiu voltar a morar em Itanhaém, após se separar do marido. E começou a trabalhar com hospedagem para animais, o “Fazendinha Quatro Patas”, e a lidar com as plantas.
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“Um amigo fez um curso de tingimento com terra, na Etec Itanhaém, e me ensinou a trabalhar com os tingimentos, usando a terra e as plantas, e a testar outras cores para os chapéus”, completa.
“Ao trabalhar com a natureza, a gente dá vida às peças. Além de ser uma atividade terapêutica, nos ajuda a cuidar da natureza. As pessoas devem sentir que a salvação do ser humano é a natureza”, destaca.
Ela já atua com o trabalho de tingimento nos chapéus há cerca de cinco anos, no ateliê da sua casa em Itanhaém.
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Já os lenços, começou há dois anos. Adriana fez um curso de tingimento natural em tecidos orgânicos e outro curso de impressão botânica com as plantas.
“Aprendi com as tintureiras a técnica de impressão botânica, em um período de um ano. É um processo muito delicado de preparar o tecido e a planta”, conta.
Lembra que, por ser um trabalho artesanal e demorado, os valores são um pouco mais altos. A impressão nos lenços é feita com plantas, flores, folhas, cascas de árvores e sementes.
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Os chapéus são de celulose e também são comprados em São Paulo. Os modelos são variados, grandes e menores, viseiras, de panamá e de palha.
Para tingir os chapéus, ela utiliza cúrcuma e terra, urucum e carvão e terra e carvão. Eles têm a etiqueta e a sua marca.
A estilista também dá algumas dicas de como lavar e conservar as peças.
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“Os lenços devem ser lavados na mão, usar sabão neutro e secar na sombra. Já os chapéus não precisam ser lavados, o ideal é limpar com um pano úmido e manter em local arejado e na sombra”.
Também em Itanhaém, o Diário contou a história da comerciante que inovou com roupas indianas e artesanato.
Adriana revela que as estampas tingidas nos lenços são peças únicas e dão um colorido especial ao tecido. São tecidos orgânicos comprados em São Paulo, como os de viscose com seda, constantine, entre outros.
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Ela já tem várias clientes que compram tanto os chapéus como os lenços. “As clientes podem usar os lenços de várias formas, como saias, saídas de praia, top, lenço na cabeça e no chapéu. E, ainda, podem ser usados em várias ocasiões”.
E trabalha com encomendas feitas por clientes e as envia pelo correio conforme a cidade.
Adriana já tem planos para expandir as vendas de suas peças em outras cidades.
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“Minha ideia é fazer uma produção maior de chapéus com modelos diferentes e criar lenços diferentes. Além de divulgar em outras cidades no Nordeste e no Sul, e vender os produtos em lojas da região”.
Também já expôs em outras cidades, como São Paulo, Ubatuba, Rio de Janeiro, e em feiras de artesanato.
Hoje, ela envia as peças a uma loja em Bertioga e pretende deixar em outro comércio, em Peruíbe. Mas a estilista vai continuar a expor na orla do Praião, em Itanhaém.
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Adriana faz a divulgação das peças e do processo de tingimento no Instagram (@dritoledoestilista). E, ainda, por meio do boca a boca entre as clientes.