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O Departamento de Estado norte-americano anunciou hoje (29) que Cuba foi formalmente retirada da lista dos países que contribuem com o terrorismo. “O prazo de 45 dias que o Congresso tinha para notificação [caso tivesse parecer contrário] terminou e o Secretário de Estado decidiu rescindir a designação de Cuba como Estado Patrocinador do Terrorismo, efetivamente a partir de hoje”, afirmou, em uma nota oficial, o porta-voz da chancelaria americana, Jeff Rathke.
A retirada de Cuba da lista era uma reivindicação do governo cubano para o pleno restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. O processo de reaproximação foi iniciado no ano passado de maneira secreta, mas em dezembro, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram o início do diálogo para o pleno restabelecimento, após quase 50 anos de rompimento.
As duas chancelarias trabalham em conjunto em reuniões em Washington e em Havana para acertar os pontos necessários para a plena retomada e especialmente para a reabertura das respectivas embaixadas em Cuba e nos Estados Unidos.
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A intenção do presidente norte-americano de retirar Cuba da lista foi anunciada em abril, pouco antes do início da Cúpula das Américas realizada no Panamá. Na época, o Departamento de Estado encaminhou um relatório ao Congresso, em que defendia a retirada, “por não haver nenhum indício de que Cuba houvesse colaborado com nenhum tipo de organização terrorista nos seis meses anteriores à elaboração do documento".
Pela lei do país, o Congresso deveria analisar o relatório e apresentar um parecer sobre a decisão em 45 dias. A reaproximação dos Estados Unidos e de Cuba divide os Democratas e os Republicanos. A maioria republicana no Senado e na Câmara tende a rejeitar a proposta do governo Obama de reaproximação, enquanto que os Democratas apoiam a decisão.
A lista dos países que contribuem com o terrorismo global tinha quatro países: Cuba, Irã, Sudão e Síria. A retirada de Cuba é positiva e importante para o restabelecimento das relações políticas e diplomáticas e também representa uma mudança de percepção clara do governo norte-americano com a ilha. A maioria das restrições comerciais continua porque estão vinculadas ao embargo econômico que ainda não foi retirado e que depende da votação de uma lei pelo Congresso.
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