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A crise no Egito e seus detalhes são tratados de forma distinta pelas autoridades dos Estados Unidos. Para o governo norte-americano, as Forças Armadas egípcias devem liberar imediatamente o presidente deposto Mohamed Mursi, que é mantido preso desde sua destituição em 3 de julho. Não são mencionadas, no entanto, recomendações sobre o futuro do ex-presidente Hosni Mubarak (1981-2011), de 85 anos, cuja prisão preventiva foi transformada em domiciliar.
Mubarak deixou ontem (22) a prisão e foi transferido para um hospital militar no Cairo, depois de a Justiça determinar sua libertação. "No que diz respeito ao processo de Mubarak, nós dissemos, há muito tempo, que se trata de uma questão jurídica interna do Egito", indicou a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki. O governo norte-americano apoiou Mubarak por cerca de 30 anos.
Porém, o caso de Mursi é avaliado de forma diferente tanto pelo Egito quanto pelos Estados Unidos. Eleito pelo voto popular em 2012, ele é mantido incomunicável pelas Forças Armadas. “Nós pensamos que deveria haver um processo para a sua libertação", disse Psaki.
"Temos frequentemente expressado as nossas preocupações em relação às detenções arbitrárias [no Egito]. Para que haja um processo político unificador, acreditamos que todas as partes devem participar", disse a porta-voz.
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