Cotidiano

Estado Islâmico divulga vídeo de refém britânico

As imagens mostram John Cantlie em um ambiente externo que ele identifica como Kobane, cidade na fronteira turca que tornou-se um campo de batalha estratégico entre forças curdas e do Estado Islâmico

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/10/2014 às 17:25

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O grupo extremista Estado Islâmico divulgou outro vídeo com imagens do refém britânico John Cantlie, supostamente gravado na cidade de Kobane, no norte da Síria.

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As imagens mostram Cantlie em um ambiente externo que ele identifica como Kobane, cidade na fronteira turca que tornou-se um campo de batalha estratégico entre forças curdas e do Estado Islâmico.

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No vídeo, que parece fazer parte de uma campanha de propaganda do grupo extremista para difamar os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, o refém britânico diz que o Estado Islâmico quase conquistou a cidade. Ele também crítica a cobertura da mídia ocidental sobre a guerra em Kobane.

"Agora a batalha por Kobane está chegando a um fim", disse Cantlie, vestindo uma camisa preta.

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O vídeo, divulgado na segunda-feira, faz alusão a um discurso feito pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em 20 de outubro, sugerindo que as imagens foram gravadas na semana passada.

John Cantlie, um fotojornalista britânico sequestrado há dois anos, é um dos vários reféns ocidentais mantidos pelo grupo extremista Estado Islâmico. Em vídeos divulgados anteriormente, Cantlie estava sentado em um local fechado, vestindo roupas laranjas que lembram as de prisioneiros de Guantánamo e acusava o governo britânico e o ter abandonado.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido declarou ter conhecimento do vídeo e disse estar analisando seu conteúdo. O governo britânico afirmou que está fazendo o possível para assegurar a integridade dos reféns em mãos do Estado Islâmico, embora não tenha informações sobre seu paradeiro.

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John Cantlie foi sequestrado na Síria em julho de 2012 por uma milícia local que, mais tarde, se envolveu em lutas com outros grupos rebeldes. Ele foi solto por rebeldes moderados e retornou ao Reino Unido alguns meses depois, quando acusou um grupo de jihadistas muçulmanos britânicos de fazerem parte da milícia que o havia sequestrado.

Promotores públicos de Londres colocaram três cidadãos britânicos em julgamento por terem supostamente participado do sequestro, mas o processo não teve prosseguimento devido à falta de testemunhas. Cantlie foi sequestrado novamente em novembro de 2012, quando viajou à Síria com o jornalista americano James Foley, assassinado pelo Estado Islâmico no começo deste ano. O grupo extremista também matou vários outros reféns, entre eles dois agentes britânicos de organizações humanitárias.

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